Publicado originalmente no site Brasil de Fato
POR NAYÁ TAWANE
Os impactos da pandemia são ainda maiores para a população pobre no Brasil. Com os elevados preços dos alimentos no supermercado, do gás e de outros itens básicos, garantir o sustento familiar com o auxílio emergencial de R$ 600 já era um desafio. Agora, com a redução do valor pela metade, a tendência, segundo analistas, é de aumento da pobreza no Brasil e de aprofundamento da desigualdade social.
Estudo da Fundação Getúlio Vargas (FGV) revelou que 13 milhões de pessoas voltarão para a faixa mais pobre do país. Produtora de eventos, mãe solo e chefe de família, Vânia Suster recebe R$ 1.200 e conta sobre a preocupação de manter a casa com a metade do valor nos próximos meses.
“Estou indignada e triste em saber que vou ter que me virar até o final do ano com apenas R$ 600. Que nós tenhamos voz, que possamos ser ouvidos e que o governo possa fazer algo pra melhorar isso”, afirma a produtora de eventos.
Cerca de 55 milhões de brasileiros que recebem o benefício serão afetados pela redução.
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