Quais são os motivos dos atores que não querem renovar com a Globo?

Atualizado em 3 de agosto de 2018 às 18:16
TV Globo. Foto: Reprodução/RD1

Do F5 da Folha

Durante muito tempo, a Globo proporcionou estabilidade a alguns dos membros de uma das profissões mais instáveis do mundo. A emissora mantinha centenas de atores sob contrato por prazos relativamente longos, de três a cinco anos. A maioria era renovada, às vezes por décadas a fio.

Essa política acabou. O novo modelo da Globo é manter apenas uns poucos medalhões em seu elenco fixo. O resto terá vínculo por obra certa –apenas o tempo em que durar uma novela ou uma minissérie – podendo, uma vez encerrado o contrato, ir trabalhar na concorrência. Ou ficar desempregado, é claro.

De uns dois anos para cá, essa mudança fez com que muitos atores identificados como “globais” deixassem de sê-lo: Malu Mader, Kadu Moliterno, Cristiana Oliveira… Alguns já foram chamados para novos trabalhos na casa, como Isabella Garcia e Luiz Fernando Guimarães. Outros, como Pedro Cardoso, foram à imprensa reclamar por terem sido dispensados depois de tantos anos. Carolina Ferraz e Maitê Proença entraram com processos trabalhistas na Justiça.

Mas há um outro movimento acontecendo na emissora: os atores que não querem contratos longos, mesmo quando poderiam tê-los. Trocam a segurança de um salário mensal pela liberdade de se arriscar em projetos diferentes.

O fenômeno não é novo. A pioneira talvez tenha sido Sonia Braga, que, em meados da década de 1980, deixou de ser uma atriz do primeiro escalão da Globo para se aventurar em Hollywood. Até hoje ela mora nos Estados Unidos.

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