“Qual crime cometi?”, pergunta Bolsonaro sobre investigação da PF

Atualizado em 21 de fevereiro de 2024 às 22:07
Ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) criticou nesta quarta-feira (21) os inquéritos dos quais é alvo durante entrevista concedida a Esmael Morais, um blogueiro de esquerda.

“Não podemos continuar vivendo aqui naquele impasse. ‘Ah, o Bolsonaro vai ser preso amanhã. Pode ser preso a qualquer momento’. Qual crime eu cometi?”, disse.

O ex-mandatário afirmou que o ato convocado por ele no domingo (25) na Avenida Paulista, em São Paulo, será “pacífico” e terá poucos discursos. “A senhora Michelle [Bolsonaro] fazendo uma oração. Seria o governador Tarcísio [de Freitas] o próprio pastor Silas Malafaia e eu. A princípio apenas essas pessoas falarão”, contou.

“Qual o recado ali? Em defesa do Estado democrático de Direito, da nossa liberdade e um retrato para o Brasil e imagens para o mundo do que nós, de verde e amarelo, queremos: Deus, pátria, família e liberdade”, acrescentou.

Bolsonaro disse ainda que ficará em silêncio durante seu depoimento à Polícia Federal (PF), nesta quinta-feira (22), porque seus advogados ainda não tiveram acesso aos autos da investigação sobre a trama golpista.

“Pelo processo legal, eu tenho que saber do que estou sendo acusado. Eu tenho que ter acesso ao processo”, argumentou.

Durante a entrevista, o ex-presidente se descreveu como vítima de uma “perseguição sem tamanho” do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e de “outros setores”.

“Na transição, ninguém reclamou. Foi feita uma transição pacífica. No penúltimo dia, fui embora para os Estados Unidos. Resolvi não passar a faixa, é um direito meu. Não é porque [João] Figueiredo não passou a faixa para [José] Sarney lá atrás. É um direito meu. Não sou obrigado a fazer isso aí”, disse.

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