Quando os Beatles encontraram Elvis

Atualizado em 5 de outubro de 2011 às 12:21
Os Beatles, no museu de cera Madame Tussaud's, em Londres

Em 27 de agosto de 1964, os dois maiores nomes do rock se reuniram, Beatles e Elvis. Foi uma e única vez, e a ocasião apareceu quando os Beatles faziam sua histórica visita aos Estados Unidos, no apogeu da beatlemania.

Elvis era o ídolo deles. John decidiu ser músico ao vê-lo no cinema quando era adolescente em Liverpool. “Quero ser esse cara”, pensou.

Quem não queria? A diferença é que John podia ser Elvis. Na verdade, podia ser maior que Elvis. Mas isso é outra história.

O que aconreceu no encontro, na mansão de Elvis?

Nunca se soube. Até agora.

O então assessor de imprensa dos Beatles estava presente, e ele depois de quase meio século contou o que viu. O motivo do depoimento foi a inauguração de uma exposição de coisas dos Beatles e de Elvis em Liverpool.

O silêncio em torno do encontro se deveu a George Harrison. Ele disse que só teria sentido eles verem Elvis se não houvesse um circo de mídia. A reunião não podia ser gravada, filmada, nada. E isso foi respeitado.

O começo foi difícil, segundo o relato. John perguntou a Elvis por que ele passou a cantar baladas em vez do velho rock’n’roll.

A conversa não estava andando até que Elvis pediu uns violões. Aí, em torno da música, o gelo se derreteu imediatamente. O grupo cantou muitas músicas, uma das quais I Feel Fine. Ringo fazia bateria num móvel. Elvis tocou umas notas de baixo e olhou para Paul: “Tá vendo? Tou praticando.” Paul respondeu: “Fica frio. Brian e eu vamos transformar você num astro.” Brian era Brian Epstein, o empresário dos Beatles.

Na saída, conta o assessor, John comentou: “Ele tava chapado.” George disse logo: “E nós?”