Queiroz resolveu esperar o amigo Bolsonaro tomar posse para dar as caras. Por Kiko Nogueira

Atualizado em 21 de dezembro de 2018 às 18:28

O PM Fabrício José Carlos de Queiroz, ex-assessor de Flávio Bolsonaro que movimentou R$ 1,2 milhão em um ano, quantia suspeita para sua renda mensal, faltou novamente a seu depoimento.

O MP do RJ tinha deixado tudo armado para que ele falasse na clandestinidade (quanta diferença dos tempos do Japonês da Federal…).

Queiroz ia entrar por uma das cinco portas do edifício, a imprensa não seria avisada de nada, nem tampouco a conversa seria gravada ou filmada.

Seu cano é um escárnio.

O advogados alegam que “não tiveram tempo hábil para analisar os autos da investigação”.

O cliente teve “inesperada crise de saúde” e estaria realizando “exames médicos de urgência, acompanhado de sua família”.

Flávio declarou que o ex-funcionário tinha uma “história plausível”, mas nunca soube explicar qual era.

É evidente que a plausibilidade não existe, senão o sujeito já teria aberto o bico.

Não se sabe em que hospital ele está, não se sabe o mal que lhe afligiu de surpresa.

Queiroz vai esperar o amigo Jair Bolsonaro ser empossado para dar as caras.

Provavelmente espera que, depois disso, as coisas fiquem mais tranquilas para ele.

Fabrício frequenta o círculo íntimo bolsonarista, brilhando em fotos de jogos de futebol, atos de campanha e churrascos.

Policial desde 1987, já foi lotado no Batalhão Policial de Vias Especiais (BPVE).

Familiares dele estiveram lotados no gabinete de Flávio e no do pai.

Abafar o caso é inviável.

Neste momento, Fabrício é o homem mais procurado do Brasil.

Não vai assumir a bronca sozinho. Se for isso, a coisa vai ter que ser bem acertada.

Fugir é admissão de culpa. Tem que sair da sombra até por questões de segurança.

Conhece a turma da picanha e sabe que o pessoal não é de brincadeira.

Jair e Eduardo Bolsonaro ao lado do amigo Queiroz