
A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro divulgou uma nota na sexta-feira (5) em que acusa o Planalto, ministros do Supremo Tribunal Federal e a imprensa de compor o que chamou de “tríade da maldade nacional”. Segundo ela, esse grupo estaria perseguindo Jair Bolsonaro no processo em que o ex-presidente é julgado no STF por tentativa de golpe de Estado. O texto foi enviado ao programa Pleno Time, do site Pleno News.
Michelle classificou o julgamento como um “espetáculo de horrores” e comparou a situação aos processos conduzidos por Josef Stalin na União Soviética, que tinham como objetivo eliminar opositores políticos. Para a ex-primeira-dama, há práticas de “tortura psicológica” no processo, usadas para obter delações e confissões.
Ela afirmou ainda que decisões judiciais contra Bolsonaro são “próprias de ditaduras” e teriam como real finalidade consolidar o poder de adversários. Michelle criticou despacho de Alexandre de Moraes que proibiu o ex-presidente de dar entrevistas, chamando-o de “mordaça virtual”, além de questionar a legalidade da prisão domiciliar decretada pelo ministro.
A ex-primeira-dama disse que a determinação de colocar policiais dentro da residência da família configura violação da Constituição. Em sua avaliação, tais medidas seriam formas de humilhar e fragilizar Bolsonaro. “Querem eliminar Bolsonaro e o bolsonarismo de todas as formas possíveis”, afirmou.

Michelle argumentou que há uma tentativa de disfarçar decisões judiciais como medidas para “proteger a democracia”, quando, segundo ela, o que ocorre é perseguição política. Ela acusou os responsáveis de agir em benefício próprio e de “pisotear as leis brasileiras”.
As declarações foram divulgadas em meio à semana decisiva do julgamento no STF, que pode resultar em condenação de Bolsonaro a até 43 anos de prisão por cinco crimes, incluindo tentativa de golpe. A defesa do ex-presidente alega que não há provas contra ele e tenta reduzir eventuais penas na fase de dosimetria.