
A atriz e poetisa Isabelle Nassar atravessa um momento de luto após a morte do marido, o empresário Alexandre Carvalho, de 58 anos. Ele morreu no sábado (4), no Rio de Janeiro, após complicações causadas por um acidente doméstico. O empresário era diretor do Grupo Urca Energia, holding que reúne diversas empresas voltadas à produção de energia limpa.
Nas redes sociais, Isabelle publicou mensagens de despedida. “Eu nunca vou conseguir te agradecer pelo que você fez por mim, pela Maria, pela nossa filha. Você me deu uma base. Uma família. Uma vida. Você é meu porto seguro”, escreveu a atriz. Em outro post, afirmou: “Prometo honrar seu nome e seu legado. Não estou pronta para isso”.
Nascida no Rio de Janeiro e criada em Minas Gerais, Isabelle cresceu nas cidades de Itaúna e Divinópolis. Aos 14 anos, foi descoberta por um olheiro em um shopping de Belo Horizonte e iniciou a carreira de modelo no exterior. Morou na China, Turquia e Europa, até retornar ao Brasil para concluir os estudos e ingressar no teatro.
Com o tempo, decidiu ampliar sua formação e concluiu pós-graduação em Filosofia Contemporânea, área que ela diz ajudar a aprofundar sua atuação em cena. No teatro, Isabelle ganhou destaque em montagens como Grande Sertão: Veredas, dirigida por Bia Lessa, e Era Medeia, de César Augusto.
Na televisão, participou da novela Travessia (TV Globo), no papel de Sara, amiga da personagem de Grazi Massafera, e da série Bom Dia, Verônica (Netflix), interpretando Olga. Ela também integra o elenco do remake de Dona Beja, que estreia em breve na HBO Max.

Em entrevistas recentes, Isabelle comentou as reações do público à sua aparência. “As pessoas me acham diferente, e isso me faz pensar o quanto ainda não entendemos nada sobre estereótipos e visibilidade”, disse ao ‘UOL’ em 2023.
A atriz afirmou ser uma mulher cisgênero e heterossexual, mas destacou que o incômodo do público com traços fora do padrão revela a necessidade de ampliar o debate sobre representatividade e diversidade na TV. Além da carreira artística, Isabelle é conhecida por sua produção poética e por reflexões sobre filosofia e feminilidade.
Em suas redes, compartilha textos sobre arte, espiritualidade e cotidiano, sempre com tom intimista. Com 32 mil seguidores no Instagram, ela costuma intercalar publicações profissionais e pessoais, mostrando bastidores de gravações e momentos com a filha.
Em entrevista ao O Globo em 2022, Isabelle relembrou episódios de discriminação no início da carreira de modelo. Contou que, após esperar por horas sob a neve em uma fila para teste em Milão, ouviu de um cliente que era “muito feia”. Segundo ela, a experiência foi dura, mas serviu para aprender a lidar com a rejeição e encontrar na arte uma forma de fortalecer sua autoconfiança.