Ivana Nazaré Freitas de Oliveira (59), que aplicou golpe em bolsonaristas fingindo ser uma liderança do PL Mulher, já foi condenada por peculato em 2019. Ex-chefe do Núcleo de Apoio a Adversidade nas Relações de Emprego e Trabalho, do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), ela esteve envolvida em um esquema de desvio de recursos.
Articulada em círculos sociais de pessoas de alto poder aquisitivo e se apresentando como uma pessoa extremamente religiosa, ela participou de um esquema da Superintendência Regional no Rio Grande do Norte (SRTE/RN), atualmente ligada ao Ministério da Economia, entre 2006 e 2008.
Ivana também namorava um empresário beneficiado pelos desvios no órgão e foi apontada como uma das “mentoras” do esquema enquanto trabalhava como assessora da Secretaria Executiva do MTE. Ela foi condenada por peculato em agosto de 2019 após denúncia do Ministério Público Federal (MPF).
Ela, que ganhou confiança de filiados do partido após se infiltrar em eventos com políticos, passou dois anos se relacionando com as vítimas dos golpes e conseguiu tirar entre R$ 5 mil e R$ 10 mil de ao menos 10 pessoas, entre elas pastores, servidores públicos e empresários.
A golpista não é filiada a nenhum partido, mas conseguiu se apresentar como representante do PL Mulher, presidido pela ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, após aparecer em fotos com políticos conhecidos, como Bia Kicis (PL-DF).
O caso é investigado pela Polícia Civil do Distrito Federal. Segundo denúncias, ela enganou filiados à sigla em Águas Claras (DF) prometendo passagens aéreas para Lisboa, em Portugal, onde ocorreria uma conferência partidária.