
Viralizou nesta semana um vídeo em que o padre bolsonarista Adão Dias Martins prega contra a Campanha da Fraternidade, que é realizada anualmente pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) no período da Quaresma.
A campanha sempre apresenta um novo contexto para ser aprofundado nas comunidades, paróquias e dioceses. Com o tema Fraternidade e Fome, a edição de 2023 tem como lema as palavras de Jesus aos seus discípulos: “Dai-lhes vós mesmos de comer”. A celebração de abertura será no próximo dia 26, em Vitória.
Em 2021, o lema era “Fraternidade e Diálogo: compromisso de amor”. O objetivo era reunir pessoas com diferentes ideias, crenças, perspectivas. Na ocasião, Adão Dias pediu para que os católicos não doassem um centavo para a campanha.
“Tem muita gente que não é da igreja que está envolvida nessa história toda. Não entrem nessa. Não dê um centavo para a Campanha da Fraternidade. Você não vai estar pecando. O dinheiro da campanha é destinado a ONGs ligadas a movimentos abortistas”, disse. Ele também chamou a ação de “esquerdista, petista e comunista”.
O pároco nasceu no dia 06 de outubro de 1975, no município de Japurá, Paraná. Ingressou no seminário com 17 anos. Nesse período se dedicou ao estudo da filosofia e da teologia. Foi ordenado padre em 2002 na Paróquia Nossa Senhora do Carmo, em Paranavaí, onde é sacerdote até o momento. Ele também é fundador da Comunidade Católica Emanuel, onde costuma publicar trechos de suas pregações.
Em 2022, próximo das eleições, o padre bolsonarista fez publicações ensinando “como um católico deve votar”. O religioso gravou, na ocasião, uma live defendendo o lema do ex-presidente Jair Bolsonaro: “Deus, pátria e família”.
De acordo com ele, existia um plano demoníaco para acabar com a família. O padre citou igrejas fechadas e atacou a Venezuela e a Bolívia. Sem citar lula, pediu para que fiéis tomassem cuidado com candidatos com “passados duvidosos”. “Houve corrupção, dinheiro foi roubado. Isso não é fake news”, disse.
O religioso também pregou contra ideologia de gênero, aborto e legalização das drogas, pautas que, segundo ele, são defendidas por “partidos comunistas”.
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