
Carlos César Savastano Toledo, conhecido como Cacai Toledo, foi preso na tarde desta segunda-feira (3) pela Polícia Civil de Goiás (PCGO) em Brasília, no Distrito Federal. Com informações do g1.
O ex-presidente do DEM (atual União Brasil) de Anápolis é réu pela morte do empresário Fábio Alves Escobar Cavalcante, que foi assassinado no dia 23 de junho de 2021. O político estava foragido desde 16 de novembro, quando teve a prisão decretada.
As investigações da Polícia Civil, que terminaram em novembro do ano passado, concluíram que Cacai foi o “autor intelectual” do homicídio, sendo o responsável por organizar o crime.
A prisão foi feita pela Delegacia Estadual de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (DRACO), em ação integrada com a Superintendência de Inteligência da PCGO e Inteligência da Secretaria da Segurança Pública de Goiás. As circunstâncias da prisão não foram divulgadas.

Segundo a Polícia Civil, o empresário foi assassinado por vingança após denunciar desvios de dinheiro na campanha eleitoral de 2018 de Cacai.
Cacai foi coordenador da campanha do Democratas ao governo de Goiás. Com a vitória do governador Ronaldo Caiado (União Brasil) nas eleições, o político ganhou o cargo de diretor administrativo da Companhia de Desenvolvimento Econômico de Goiás (Codego).
Em 2020, foi preso por suspeita de fraudes em licitações na companhia e perdeu o posto.
A vítima chegou a trabalhar com Cacai durante a campanha de 2018 e, no ano seguinte, começou a denunciá-lo nas redes sociais por supostos desvios de dinheiro.
De acordo com o inquérito policial, o político demonstrou descontentamento diversas vezes com as denúncias e críticas que a vítima vinha divulgando.
Em um vídeo, Escobar mostrou o momento em que devolvia R$ 150 mil que, segundo ele, recebeu de Cacai como suborno para cessar as denúncias.
Segundo as investigações, essas desavenças motivaram o assassinato do empresário. O político, junto com Jorge Caiado, teria usado da proximidade com policiais militares para planejar o assassinato do empresário.
Cacai Toledo e Jorge Caiado, ainda segundo as investigações, teriam aliciado os policiais para executarem o crime, prometendo promoções por “ato de bravura”.