
Claudia Sheinbaum, 61, apadrinhada pelo atual presidente Andrés Manuel López Obrador, é a favorita para se tornar a primeira mulher presidente do México. Ela lidera as pesquisas eleitorais, estando bem à frente de Xóchitl Gálvez, senadora e empresária de raízes indígenas, que ocupa o segundo lugar.
Trajetória
Antes de entrar na política, Sheinbaum construiu uma carreira acadêmica notável. Formada em física pela UNAM, uma das universidades mais prestigiadas do México, ela fez pós-graduação em engenharia ambiental e pós-doutorado na Universidade da Califórnia em Berkeley. Além disso, participou do Painel Intergovernamental sobre Mudança Climática da ONU (IPCC), que ganhou o Prêmio Nobel da Paz em 2007.
Em novembro de 2023, Sheinbaum anunciou seu casamento com Jesús Tarriba, seu namorado de faculdade, com quem se reencontrou pelo Facebook em 2016.
Durante seus anos como estudante, ela foi politicamente ativa e organizou uma greve contra o aumento de mensalidades em 1987, seguindo a tradição de seus pais esquerdistas, envolvidos nas manifestações de 1968 no México.
Início na política
Na política, Sheinbaum iniciou sua carreira como secretária de Meio Ambiente da Cidade do México, quando Andrés Manuel López Obrador era prefeito. Após comandar um distrito da capital, ela se tornou prefeita da Cidade do México, cargo que ocupou de 2018 a 2023.
Durante sua gestão como prefeita, enfrentou desafios significativos, como a pandemia de Covid-19 e a queda de uma linha do metrô. Em relação ao acidente do metrô, ela fez um acordo com a empresa construtora, de propriedade do magnata Carlos Slim, garantindo indenização às vítimas sem levar o caso à Justiça.
“Parceria” com Obrador e propostas
A popularidade de Sheinbaum é atribuída em grande parte ao apoio de López Obrador. Segundo Jimena Ortiz, da consultoria Inteligencia Más, “essa grande intenção de votos é uma consequência do endosso do presidente a ela”. As propostas de Sheinbaum refletem essencialmente os desejos do atual presidente, incluindo a reforma do sistema judiciário.

Uma das principais propostas da candidata e do partido Morena é a mudança no sistema judiciário, propondo que ministros da Suprema Corte, juízes, desembargadores e ministros da Justiça Eleitoral sejam escolhidos por voto direto. Vale ressaltar que, para que isso seja aprovado, o Morena e seus aliados precisarão de dois terços da Câmara dos Deputados e do Senado.
“Dama de Gelo”
A rivalidade entre Sheinbaum e Xóchitl Gálvez tem sido acirrada. Durante os debates, Sheinbaum nunca se referiu diretamente a Gálvez pelo nome. Em resposta, Gálvez a chamou de “dama de gelo” durante o primeiro debate, acusando-a de não ter o “carisma” de López Obrador.
Em 29 de maio, o agregador de pesquisas Polls.mx apontava que as intenções de votos eram de 55% para Claudia Sheinbaum, 31% para Xóchitl Gálvez e 13% para Jorge Álvarez Máynez.
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