
A Polícia Federal (PF) prendeu, na noite da última quinta-feira (20), Diego Ventura, um dos líderes das invasões promovidas por bolsonaristas nas sedes dos Três Poderes em Brasília, no dia 8 de janeiro. Ele estava foragido desde o dia dos ataques na capital federal.
O simpatizante do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi detido em Campos dos Goytacazes, no Rio de Janeiro, enquanto participava de um evento chamado “assembleia nacional da direita brasileira”. A prisão foi expedida pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Ventura ficou conhecido entre militantes de direita radical como Diego da Direita Limpa Campos, movimento bolsonarista de Campos dos Goytacazes, no Rio de janeiro. Ele se tornou uma das lideranças do acampamento montado no Quartel-General do Exército, em Brasília, após a derrota de Bolsonaro nas eleições.
Em dezembro do ano passado, poucas horas após uma bomba ser desarmada em um caminhão de combustível em Brasília, Ventura foi detido pela Polícia Militar a caminho do STF, mas foi solto no mesmo dia juntamente com outras 7 golpistas.
O bolsonarista também foi identificado em vídeos do lado de fora do Supremo, chutando grades de contenção antes do início da invasão, e em imagens dentro do prédio depredado, comemorando o que ele chamou de “missão cumprida”.
Ao lado de Ventura estava a bolsonarista Ana Priscila Azevedo, que vinha divulgando áudios e vídeos em que pregava a tomada dos três Poderes no dia 8. Diferente de Diego, ela foi detida dois dias após as invasões na capital federal, no dia 10 de janeiro.
No QG do Exército, Ventura também se apresentava como liderança da Abrapa 01, uma dissidência da Associação Brasileira de Patriotas. Pelas redes sociais, ele arrecadava doações no pix atrelado ao seu CPF para uma das cozinhas que serviam alimentos gratuitamente para os manifestantes.
Vale destacar que, antes de apagar suas redes sociais, Ventura aparecia convocando para manifestações desde 2021. “Você [ministro Alexandre de Moraes] dobrou a aposta, e o povo vai cobrir. Vamos parar tudo”, disse em vídeo publicado em 20 de novembro de 2022, convocando para bloqueio de rodovias pelo país.