
O prefeito de Palmas, Eduardo Siqueira Campos (Podems), foi preso preventivamente pela Polícia Federal (PF) nesta sexta (27), acusado de envolvimento no vazamento de informações sigilosas do Superior Tribunal de Justiça (STJ). A detenção foi determinada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Cristiano Zanin, relator do caso, como parte da 10ª fase da Operação Sisamnes.
Siqueira Campos tem 65 anos e é filho de José Wilson Siqueira Campos, ex-governador de Tocantins e figura histórica na política local. Seu pai foi um dos principais responsáveis pela criação do estado e comandou por quatro mandatos, além de ter sido deputado federal por cinco. O prefeito seguiu os passos do pai na política e, após uma carreira notável, foi reeleito prefeito de Palmas em 2024, com 53,03% dos votos.
Ele é formado em Pedagogia pela Universidade de Brasília (CEUB) e iniciou sua trajetória política na década de 1980, após a criação do Tocantins. Foi eleito deputado federal, onde se destacou em comissões importantes como Ciência e Tecnologia e Comunicação.
Em 1992, tornou-se o primeiro prefeito de Palmas e, mais tarde, foi eleito senador. Sua carreira política também inclui um período como deputado estadual entre 2015 e 2023.
O prefeito é casado com Polyanna Marques Siqueira Campos e tem sete filhos. Além de sua trajetória política, também atuou como empresário no setor de comunicação em Tocantins, presidindo afiliadas da Rede Record e veículos de mídia locais. Ele mantém uma presença nas redes sociais, tendo seus mais de 100 mil seguidores no Instagram.

A investigação que levou à prisão de Siqueira Campos indica que ele usou informações privilegiadas de inquéritos sigilosos para beneficiar aliados políticos. A PF obteve provas adicionais, incluindo diálogos no celular do prefeito, que sugerem seu envolvimento em repassar dados.
Essa prisão é a segunda vez que Siqueira Campos é incluído da Operação Sisamnes. Na 9ª fase da ação, ele já havia sido alvo de busca e apreensão, mas, na ocasião, o pedido de prisão preventiva foi negado pelo STF. Agora, com novas provas, o processo ganhou novos desdobramentos e a prisão foi determinada com base em indícios mais robustos de envolvimento no vazamento de informações.