
O major Flávio Silvestre de Alencar foi detido na manhã desta terça-feira (23) durante a 12ª fase da Operação Lesa Pátria, deflagrada pela Polícia Federal (PF). Ele também já havia sido alvo da 5ª etapa da investigação.
Alencar é um dos alvos da operação que tem o objetivo de identificar os suspeitos que participaram dos atos terroristas promovidos por bolsonaristas nas sedes dos Três Poderes em Brasília, no dia 8 de janeiro.
Estão sendo cumpridos 2 mandados de prisão preventiva e 4 de busca e apreensão. Os alvos são os policiais militares que deram ordem de recuo em frente a descida pro Supremo Tribunal Federal (STF). As medidas foram expedidas pelo ministro Alexandre de Moraes.
Em 7 de fevereiro, o major já havia sido preso pela PF por ser o responsável pela “liberação” do acesso dos simpatizantes do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ao prédio do STF.
Durante o momento dos ataques, Alencar foi registrado por câmeras: ele é o homem que desce de uma viatura da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) e ordena a retirada imediata do Batalhão de Choque na lateral do Congresso Nacional, liberando a entrada dos bolsonaristas.
Outra hipótese levantada é de que ele estava dentro do carro da PMDF para escoltar outras viaturas para longe da grade de contenção, montada para impedir os bolsonaristas de chegarem na sede do STF. A saída da viatura e o recuo da tropa de Choque, porém, só facilitaram o avanço dos terroristas.
Em depoimento à PF, ele havia dito que soube do ferimento do então comandante-geral da corporação, coronel Fábio Augusto Vieira, e de outros policiais. Por conta disso, solicitou ao tenente Martins, que comandava a ação da tropa de Choque, quatro viaturas e 16 policiais para acompanhá-lo até o interior do Congresso Nacional.