Larissa Moraes de Carvalho, uma jovem de 31 anos, está em estado vegetativo há mais de um ano após complicações decorrentes de uma cirurgia ortognática em Juiz de Fora, Minas Gerais.
A jovem havia sido internada na Santa Casa de Misericórdia de Juiz de Fora para corrigir problemas nos maxilares e mandíbulas, mas sofreu uma parada cardiorrespiratória que a deixou em estado grave. Após um ano de internação, ela foi transferida para casa, onde segue recebendo cuidados médicos intensivos.
Carreira acadêmica e profissional
Antes do caso, Larissa havia construído uma carreira acadêmica notória. Ela se graduou em Farmácia pela Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) e se especializou na indústria de Alimentos e Bebidas, tendo trabalhado com a produção de cervejas na Heineken.
Além disso, a jovem realizou um intercâmbio entre 2014 e 2015 em Bristol, Inglaterra, onde estudou Ciência Forense na University of the West of England. Em 2022, ela começou sua segunda graduação, desta vez em Medicina, na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), o que a levou a se mudar para o Rio de Janeiro.
Esportes
Além de sua carreira acadêmica e profissional, Larissa também era apaixonada por esportes, especialmente o vôlei. Desde os 10 anos, ela começou a treinar e participar de competições.
Na UFJF, ela fundou a atlética do curso de Farmácia, onde atuou como presidente e liderou o time nas competições esportivas. Ao ingressar na UERJ, ela se juntou ao time de vôlei da universidade, continuando a praticar o esporte.
O procedimento
Em março de 2023, Larissa retornou a Juiz de Fora para a cirurgia ortognática. Durante o procedimento, houve uma parada cardiorrespiratória, que causou danos cerebrais e a deixou inconsciente por mais de um mês no Centro de Terapia Intensiva (CTI).
Conforme a família, o prontuário médico da jovem indica que ela teria saído da sala de Recuperação Pós-anestésica (RPA) às 17h45, sendo direcionada ao quarto do 9º andar da unidade, chegando lá por volta das 18h02, já em parada cardiorrespiratória. Neste intervalo de 17 minutos, segundo familiares, ninguém havia identificado que algo estava errado com a paciente.
Ela também desenvolveu complicações como pneumonia e infecção urinária durante a internação. Após ser transferida para um quarto de hospital, ela permaneceu sob cuidados médicos até março de 2024, quando foi levada para casa para cuidados domiciliares.
Depois do ocorrido, segundo o pai da jovem, Larissa se tornou uma pessoa com total dependência.
“Temos enfermeiros 24 horas por dia, ela precisa fazer fisioterapia e fono todos os dias, é alimentada e medicada por sonda. Também não tem o controle das necessidades fisiológicas e precisa usar fralda”, disse.
Investigações
A história de Larissa chamou a atenção das autoridades e do público. O Ministério Público de Minas Gerais determinou uma investigação, e a Polícia Civil abriu um inquérito para investigar o caso.
A família da estudante busca respostas sobre o que levou ela a ficar em estado vegetativo, além de também exigir as imagens dos procedimentos realizados na jovem. “Tentei marcar reunião com o hospital para entender o que aconteceu, eles desmarcaram e remarcaram. Pedi as imagens das câmeras para saber o que havia acontecido, mas não me entregaram”, disse o pai de Larissa.
O hospital, o cirurgião e o anestesista envolvidos na cirurgia, por sua vez, estão todos sendo investigados. Vale ressaltar que depoimentos foram coletados, e a família aguarda novas informações sobre o andamento do inquérito.
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