
O bilionário Elon Musk fechou um acordo, na segunda-feira (25), para comprar a rede social Twitter em um negócio avaliado em US$ 44 bilhões. A aquisição, que vai fechar o capital da empresa, deve ser concluída ainda este ano, após passar pela aprovação dos acionistas e de órgãos reguladores.
Mas o que levou o homem mais rico do mundo, fundador da fabricante de veículos elétricos Tesla e da empresa de tecnologia aeroespacial SpaceX, a querer comprar o Twitter? A vontade de obter ainda mais poder, controlando a plataforma que já lhe causou problemas na Justiça.
Com 83,9 milhões de seguidores, o empresário nascido na África do Sul está entre as 10 pessoas mais populares da rede social. Ele já foi impedido algumas vezes de fazer publicações sobre determinados assuntos.
Em 2018, a Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (SEC, na sigla em inglês) o proibiu de postar sobre assuntos relacionados à Tesla depois que um tuíte fez o preço das ações da companhia despencarem US$ 14 bilhões.
No mesmo ano, foi processado por difamação após usar o Twitter para chamar de “pedófilo” o mergulhador britânico Vern Unsworth, que ajudou no resgate de 12 meninos presos numa caverna da Tailândia.
A rede social, no entanto, nunca se dedicou de fato a conter as investidas do bilionário. O mesmo não aconteceu com alguns de seus aliados, como o ex-presidente dos EUA Donald Trump, que foi banido da plataforma em 2021.
É por isso que Musk, sempre falando em “liberdade de expressão”, tem defendido uma série de mudanças no Twitter. Em comunicado logo após o anúncio do acordo, ele afirmou: “A liberdade de expressão é a base de uma democracia em funcionamento e o Twitter é a praça da cidade digital onde assuntos vitais para o futuro da humanidade são debatidos”.
Ele já avisou que pretende ser “muito cauteloso com proibições permanentes” de usuários – um sinal de potencial retorno de Trump à plataforma.
Nos EUA, congressistas republicanos comemoram a aquisição do Twitter. O deputado Darrell Issa, da Califórnia, disse que Elon Musk “poderia levar a empresa a uma direção muito melhor” para redimir aqueles foram “injustamente silenciados ou censurados pelo ataque do Twitter à liberdade de expressão conservadora”.
O fundador da empresa, Jack Dorsey, e o CEO Parag Agrawal declararam que pretendiam manter a suspensão do perfil do ex-presidente. Musk sinaliza em sentido contrário. Ele é contra “banimentos permanentes”.
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— Elon Musk (@elonmusk) April 25, 2022
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