Quem é o empresário bolsonarista que disse não contratar “esquerdistas”

Atualizado em 2 de julho de 2024 às 20:01
O ex-presidente Jair Bolsonaro e seu apoiador, o empresário Tallis Gomes, durante encontro promovido pela G4 Educação. Foto: Reprodução

O empresário bolsonarista Tallis Gomes, CEO da G4 Educação, afirmou que não contrata “esquerdistas” durante entrevista na última quarta (26). Natural de Carangola (MG), ele também é fundador do Easy Taxi, aplicativo usado para pedir o serviço, e da Singu, um marketplace de saúde.

Apoiador do ex-presidente, ele teve uma reunião com o então mandatário em 2022 na sede da G4 Educação e apoiou sua reeleição no mesmo ano. Na ocasião, ele afirmou que o país “merecia” mais quatro anos de Paulo Guedes, então Ministro da Economia, e que existiam “centenas de razões para reeleger” Bolsonaro.

“O Brasil está muito próximo de viver novos tempos, finalmente, sem reviver o fantasma de mais uma década perdida. Cabe a nós, no dia 30, selarmos esse novo capítulo para nosso futuro, Apesar das minhas reservas e discordâncias, acompanho Sergio Moro e Deltan Dallagnol, também vou de 22”, escreveu em carta aberta em outubro de 2022.

À época, ele também participou de uma propaganda da campanha de Bolsonaro ao lado de lutadores como Popó, Royce Gracie e José Aldo, além do empresário Alexandre Correa, ex-marido de Ana Hickmann acusado de violência doméstica.

No ano passado, ele participou do programa Pânico, da Jovem Pan, aliada da extrema-direita, e zombou das mudanças promovidas pelo governo Lula na taxação de microempreendedor individual (MEI). “Faz o L”, afirmou durante a entrevista. O empresário também foi jurado convidado do reality show Shark Tank Brasil na temporada de 2024.

Na entrevista que viralizou nesta semana, concedida ao podcast “Café Com Ferri”, ele afirmou que contrata funcionários que trabalhem até 80 horas por semana e que eles “trabalham para c*ralho”, chegando a ficar no escritório até 1h da manhã e voltando sete horas depois para o local. Veja:

Após a fala, viralizaram nas redes declarações de ex-funcionários da G4 Educação, sua empresa. Alguns comentários relatam a existência de uma “lavagem cerebral tóxica de posicionamento político”, gestores despreparados, salários baixos e “abaixo da média do mercado” e um ambiente “machista”.

Essa não foi a primeira vez que uma entrevista sua gerou polêmica. No ano passado, durante conversa com o podcast “Papo de Gestão”, Tallis disse estar “cagando” para diversidade em ambiente de trabalho e, após a repercussão negativa da fala, afirmou que “seu esporte favorito é irritar esquerdista”.

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