
Natural de Kursk, Starovoit teve uma longa trajetória política antes de sua morte. Ele foi nomeado ministro dos Transportes em maio de 2024, após servir como governador da região de Kursk, na fronteira com a Ucrânia.
Durante seu tempo no governo local, Starovoit foi implicado em investigações de corrupção, com foco em fraudes relacionadas à construção de fortificações na região. Seu sucessor como governador, Alexey Smirnov, foi preso acusado de desvio de verbas, e fontes indicam que ele e outros réus testemunharam contra Starovoit.
O ex-ministro teve uma carreira marcada por sua atuação no setor público, iniciando sua trajetória na administração pública de São Petersburgo. Além disso, passou por diversos cargos de liderança, incluindo a presidência da Rosavtodor, agência de rodovias da Rússia.

Em 2019, foi eleito governador de Kursk, cargo que ocupou até sua nomeação para o ministério de Putin em 2024. Após a invasão russa à Ucrânia, ele foi sancionado por diversos países, incluindo Reino Unido, Canadá e Estados Unidos.
Após sua morte, o Kremlin nomeou Andrei Nikitin como ministro interino dos Transportes, mas a demissão abrupta de Starovoit gerou questionamentos. Dmitry Peskov, porta-voz do Kremlin, justificou a mudança afirmando que Nikitin possuía as qualidades profissionais necessárias para liderar o ministério, considerado essencial pelo presidente.
A saída de Starovoit não foi explicada de forma detalhada pelo Kremlin, mas fontes indicam que sua posição estava sendo questionada há meses, principalmente devido aos escândalos de corrupção em Kursk. Além das alegações de corrupção, Starovoit também estava no centro de um contexto político tenso, com a escalada do conflito na Ucrânia.
Roman Vladimirovich Starovoy deixa duas filhas e foi condecorado com a Ordem de Honra, a Ordem de Alexandre Nevsky e a Ordem da Amizade.