Quem é o homem que tentou invadir o Palácio do Planalto duas vezes

Atualizado em 10 de setembro de 2025 às 22:56
Leonildo dos Santos Fulgieri, 54 anos. Foto: Reprodução/ Metrópoles

Leonildo dos Santos Fulgieri, de 54 anos, foi detido após tentar invadir o Palácio do Planalto duas vezes na madrugada desta quarta-feira (10/9), em Brasília. A primeira tentativa ocorreu por volta das 0h30, quando a Polícia Militar o conteve ao tentar pular a grade da sede do Poder Executivo. Poucas horas depois, por volta das 3h30, ele voltou ao local e foi atingido por dois disparos de balas de borracha, disparados por agentes do Gabinete de Segurança Institucional (GSI). Com informações do Metrópoles.

O homem já havia protagonizado episódios semelhantes em outros prédios públicos da capital federal. Dois dias antes, em 8 de setembro, ele tentou ingressar no Senado Federal, mas foi barrado na entrada. Segundo as autoridades, a análise de imagens e semelhança do discurso confirmaram que se tratava do mesmo indivíduo.

O histórico de reincidência preocupa agentes responsáveis pela segurança da Esplanada dos Ministérios, especialmente após episódios de ataques às sedes dos Três Poderes, em janeiro de 2023. Ainda não há indícios de que as ações de Fulgieri tenham relação com grupos políticos ou articulação organizada.

Grades de proteção em frente ao Palácio do Planalto, em Brasília, nesta quarta (10) — Foto: Isabella Calzolari/g1

As autoridades investigam se Fulgieri sofre de transtornos psiquiátricos. Informações preliminares apontam que ele estaria em Brasília há dias, circulando por áreas de grande relevância institucional.

Durante a abordagem, Leonildo apresentava comportamento alterado e falas desconexas. Ele repetia insistentemente que era o “rei” e que o Palácio do Planalto era sua “casa” e “trono”. De acordo com relatos dos agentes de segurança, ele estava descalço, descabelado e carregava apenas uma mochila nas costas.

Apesar dos disparos de contenção, ele não sofreu ferimentos graves. Após a imobilização, foi conduzido pela Polícia Militar para registro da ocorrência. Até o momento, não há indícios de articulação política ou vínculo com grupos organizados.