Quem é Randolfo Antônio, preso que pediu a morte de Lula e Moraes em atos terroristas no DF

Atualizado em 20 de janeiro de 2023 às 17:01
O bolsonarista Randolfo Antonio Dias, preso em operação contra atos terroristas
Foto: Reprodução

Na manhã desta sexta-feira (20), um dos primeiros alvos presos durante a operação Lesa Pátria, deflagrada pela Polícia Federal (PF), foi o bolsonarista Randolfo Antônio Dias, de 68 anos, localizado no bairro Luxemburgo, em Belo Horizonte, a capital de Minas Gerais.

A operação tem como alvo oito apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) acusados de financiar, promover e participar dos atos antidemocráticos, que resultaram nas invasões terroristas e depredação nas sedes dos Três Poderes, em Brasília (DF), no dia 8 de janeiro.

Em grupos de mensagens dos apoiadores de Bolsonaro, o homem incitava ações ilegais, como bloqueio de refinarias, e enviava áudios desejando pela morte do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e do ministro Alexandre de Moraes, o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

“Atenção Patriotas de Minas Gerais!!! Vamos fechar a saída de combustíveis e exigir o código fonte das eleições”, escreveu Randolfo, em um dos grupos de extrema-direita.

“Não é possível que não tenha uma bala perdida pra acertar o Lula, não, gente? Pelo amor de Deus, uai! A bala perdida só mata o pobre, só o favelado. O Lula não acha uma bala perdida pra matar ele com o Alexandre de Moraes, não, sô? Uai! Pelo amor! Esses caras têm que tomar vergonha na cara e ser executado, uai! O país não vai aguentar não, sô”, disse em um dos áudios.

Em uma outra mensagem, o bolsonarista disse ter vontade que ocorra uma enorme “guerra civil”, com o fechamento do Senado Federal. “Tem que botar pra quebrar mesmo! Ter guerra civil mesmo! Matar gente, fechar o Senado, fazer uma zona mesmo. O país não pode deixar esse filho *** desse Lula ser presidente, não, sô. Isso é um filho **! Nem o câncer conseguiu matar esse filho ***, sô. Nem o câncer conseguiu matar ele!”, afirmou Randolfo.

De acordo com as investigações da corporação, o bolsonarista participava do acampamento golpista em frente ao Quartel General do Exército em Belo Horizonte. A apuração revelou que o bolsonarista, antes dos atos golpistas, não tinha antecedentes criminais.

As diligências foram ordenadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e são cumpridas nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso do Sul e Distrito Federal. Também foram expedidos 16 mandados de busca e apreensão. Saiba quem são os outros golpistas. 

Segundo a PF, os suspeitos investigados crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, associação criminosa, incitação ao crime, destruição e deterioração ou inutilização de bem especialmente protegido. As investigações continuam.

Publicação de Randolfo, alvo da operação da PF em BH, — Foto: Reprodução
Uma das postagens de Randolfo
Foto: Reprodução/g1

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