Quem é Silvio Almeida, ministro dos Direitos Humanos acusado de assediar colega da Igualdade Racial

Atualizado em 6 de setembro de 2024 às 14:52
Ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, durante discurso de posse, em janeiro de 2023. Foto: Reprodução

Acusado de assédio sexual pela organização Me Too Brasil, o ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, afirmou que as denuncias são falsas e uma tentativa de “apagar a sua história”. Ele ainda classificou o caso como parte de uma “campanha para afetar sua imagem enquanto homem negro em posição de destaque no Poder Público”.

Graduado em filosofia pela USP (Universidade de São Paulo), mestre em Direito Político e Econômico pela Universidade Presbiteriana Mackenzie e doutor em Direito pela instituição pública paulista, ele foi professor visitante da Universidade de Columbia, em Nova York (EUA), e diretor do Instituto Luiz Gama.

O ministro também é autor de diversos livros, como “Marxismo e Questão Racial: Dossiê Margem Esquerda”, “Sartre: Direito e Política” e “Racismo Estrutural”. A última obra fez com que Almeida se tornasse uma referência na discussão racial no Brasil. Antes de assumir a pasta do governo Lula, ele também foi colunista da Folha de S.Paulo.

Os ministros Silvio Almeida (Direitos Humanos) e Anielle Franco (Igualdade Racial). Foto: Reprodução

Sua nomeação para o ministério foi celebrada, já que substituiu a bolsonarista Damares Alves, atualmente senadora pelo Republicanos do Distrito Federal. Ao assumir, ele acusou a antecessora de negligenciar os trabalhos na área e “abandonar” os conselhos ligados ao órgão.

Almeida assumiu o ministério prometendo enfrentar “traumas” da sociedade brasileira, como racismo e violência contra pretos e pobres. Em seu discurso inicial, ele ainda citou a defesa de grupos minorizados, como mulheres, povos indígenas, pessoas em situação de rua e a população LGBTQIA+.

A denúncia da ONG Me Too Brasil cita mulheres que teriam sido assediadas pelo ministro. As acusações também envolvem Anielle Franco, que comanda a pasta da Igualdade Racial. A Procuradoria-Geral da República (PGR) encaminhou um pedido de Almeida à primeira instância da Justiça para a apuração de possíveis “denúncias caluniosas”.

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