Quem é Telmário Mota, ex-senador procurado por mandar matar a mãe de sua filha

Atualizado em 30 de outubro de 2023 às 15:45
O ex-senador Telmário Mota e o ex-presidente Jair Bolsonaro. Foto: Reprodução

O ex-senador Telmário Mota, que representou a República por oito anos, é alvo de investigações da Polícia Civil de Roraima sob suspeita de estar envolvido no assassinato de Antônia Araújo de Sousa, mãe de sua filha.

Mota, formado em economia e contabilidade, iniciou sua jornada política em 2007 em Boa Vista. Ele foi eleito senador em 2014, criticando fortemente seu opositor político, Romero Jucá. Tentou, sem sucesso, o cargo de governador de Roraima em 2018 pelo PTB. Durante a campanha, ele se autodenominou “doido”, solicitando uma oportunidade dos eleitores devido a essa autodefinição.

Em agosto de 2022, sua filha alegou assédio por parte de Mota durante o Dia dos Pais, quando ela tinha 17 anos. O senador refutou essas acusações, atribuindo-as a perseguição política. A denúncia, no entanto, foi registrada como estupro de vulnerável, e uma medida protetiva foi concedida em favor da filha.

A morte de Antônia Araújo ocorreu em setembro, na zona Oeste de Boa Vista, vítima de um tiro na cabeça. Ela era servidora do Dsei-YY desde 2017.

Antônia Araújo de Souza (52) era mãe da filha do ex-senador. Foto: Reprodução

Além desse episódio, Mota foi acusado em 2015 de agredir Maria Aparecida Nery de Melo, uma jovem com quem mantinha um relacionamento. Em 2016, se viu envolvido em controvérsias relacionadas a rinhas de galo e, em 2017, fez um pronunciamento no Senado apoiando uma teoria da conspiração infundada sobre a colisão de um planeta chamado Nibirú com a Terra.

Telmário Mota passou a apoiar Jair Bolsonaro em 2020, integrando a base de apoio do então presidente no Senado. Durante a pandemia da Covid-19, em 2021, Mota foi criticado por organizar uma festa com aglomeração em Rorainópolis. Poucos meses depois, ele foi vacinado contra a doença.

A picaretagem está na família. Sua esposa, a médica Suzete Oliveira, foi condenada por envolvimento em um esquema de desvio de verbas, mas foi liberada no mesmo mês após conseguir um habeas corpus.

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