Quem é Vanessa Felix, superintendente bolsonarista afastada da PRF por foto em acampamento golpista

Atualizado em 30 de novembro de 2024 às 21:18
Vanessa Martins Felix, ex-superintendente executiva da PRF no DF, afastada do cargo após a circulação de uma foto sua em frente ao Quartel General do Exército, em Brasília – Foto: Reprodução

Vanessa Martins Felix, ex-superintendente executiva da Polícia Rodoviária Federal (PRF) no Distrito Federal, foi afastada do cargo após a circulação de uma foto sua em frente ao Quartel General do Exército, em Brasília. A imagem, publicada em 2022, ganhou destaque depois que a Polícia Federal indiciou 37 pessoas por crimes como golpe de Estado e abolição violenta do Estado Democrático de Direito.

Vanessa Martins Felix em frente ao Quartel General do Exército, em Brasília, em novembro de 2022 – Foto: Reprodução

Carreira

Vanessa começou sua carreira na Força Aérea Brasileira (FAB), onde se destacou ao se tornar, aos 22 anos, a primeira mulher paraquedista da corporação. Posteriormente, ingressou na Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) e, em 2016, foi transferida para a PRF.

Na PRF, Vanessa ganhou visibilidade ao ministrar cursos de autoproteção feminina, atendendo tanto agentes quanto servidoras da Casa da Mulher Brasileira. O trabalho na corporação lhe rendeu o cargo de superintendente executiva, ocupado até seu afastamento recente.

Vanessa Felix na FAB – Foto: Reprodução
Vanessa Martins Felix atuando na PRF – Foto: Reprodução

A foto que gerou polêmica foi publicada por Vanessa nas redes sociais em novembro de 2022, durante a Copa do Mundo. Na imagem, ela segura uma placa com a frase “Nossa copa é no QG” e faz críticas às “arbitrariedades” que, segundo ela, estavam ocorrendo no país. A postagem também utilizava a hashtag #supremoéopovo, em provocação ao Supremo Tribunal Federal (STF).

Após a foto viralizar, a Superintendência da PRF no DF iniciou uma apuração interna para avaliar o caso e possíveis medidas disciplinares. A policial foi dispensada do cargo de confiança que ocupava, mas segue no quadro da corporação sem exercer funções de destaque.

Em nota, a PRF explicou que cargos como o de superintendente executivo são de livre nomeação e exoneração, dependendo de análises técnicas e aprovação pela Casa Civil. “A Polícia Rodoviária Federal não comenta fatos de natureza particular de seus servidores,” destacou o comunicado.

A repercussão do caso acontece em meio a investigações envolvendo políticos e militares ligados a manifestações antidemocráticas.

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