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Quem é Vini Jr, artilheiro que já foi vítima de racismo por suas dancinhas comemorativas

Estreante na Copa do Mundo, Vinícius Júnior, tem se destacado e mostrado o seu talento nos jogos da Seleção Brasileira. Revelado pelo Flamengo, o craque foi convocado pelo técnico Tite para o Mundial e jogou três jogos, tendo sido poupado no terceiro jogo da fase de grupos junto com o restante do time titular, pois a equipe já estava classificada para as oitavas de final.

Até esta segunda-feira (5), Vini Jr. ainda não tinha conseguido marcar o seu gol na Copa, mas abriu o placar com menos de 10 minutos de jogo contra a Coreia do Sul. O jogador tinha feito outro gol na metade do segundo tempo da partida contra a Suíça, no último dia 28, mas foi anulado por impedimento.

O gol de hoje foi comemorado com uma dancinha, marca registrada do jogador, mas que já foi alvo de ofensas racistas. Com 22 anos, Vini Jr. atua como atacante no Real Madrid e recentemente foi alvo de ofensas racistas por apresentadores de TV espanhóis, que criticaram a maneira como ele celebra os gols e que ele parecia um “macaco” fazendo os movimentos.

O apresentador que fez a declaração preconceituosa pediu desculpas após a repercussão internacional do caso. Jogadores, políticos e celebridades se posicionaram contra o racismo sofrido pelo atacante. O próprio jogador chegou a se manifestar e gravou um vídeo afirmando que tais ofensas o acompanham durante toda sua carreira.

“Fui vítima de xenofobia e racismo em uma só declaração, mas nada disso começou ontem. Há semanas, começaram a criminalizar minhas danças. Danças que não são minhas: são de Ronaldinho, Neymar, Paquetá, Pogba, Matheus Cunha, Griezmann e João Félix; dos funkeiros e sambistas brasileiros, dos cantores latinos de reggaeton e dos pretos americanos. São danças para celebrar a diversidade cultural do mundo. Aceitem, respeitem ou surtem. Eu não vou parar”, declarou no vídeo.

Na sexta-feira (2), Vini Jr se manifestou diretamente da concentração com a seleção brasileira, na Copa do Mundo, sobre o desfecho do caso de racismo em um jogo disputado em 21 de setembro, em que torcedores do time rival gritaram ofensas racistas.

O Ministério Público de Madri optou por arquivar o processo de xingamentos racistas proferidos contra o atacante brasileiro no estádio Wanda Metropolitano, no clássico entre Real Madrid e Atlético de Madri. O MP espanhol decidiu que as ofensas duraram “alguns segundos” e aconteceram em contexto de “máxima rivalidade”.

Nas redes sociais, o atacante lamentou o ocorrido: “Tudo normal, mas seguiremos na luta. Eu não vou parar. Madrid hay uno solo”, publicou.

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Beatriz Castro

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Beatriz Castro

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