Na manhã desta quinta-feira (18), o youtuber Wilker Leão foi agredido pelo presidente Jair Bolsonaro (PL), após tentar realizar uma gravação questionando a aliança do chefe do Executivo com o Centrão. Ele é conhecido por realizar vídeos provocando bolsonaristas e questionando-os sobre as medidas propostas pelo chefe do Executivo, o que os deixa, na maioria das vezes, sem respostas.
Embora tenha uma frequência considerável no YouTube e no TikTok, reunindo respectivamente 14,2 mil e 126,3 mil seguidores em cada uma das redes, a vida de Leão não é baseada apenas nisso. Ele é cabo do Exército há 8 anos e auxiliar da Assessoria Jurídica da Secretaria de Economia e Finanças do Exército Brasileiro desde 2015. Com isso, se enquadraria dentro da base principal do eleitorado do presidente, o que não é o caso.
“Tive muitas experiências com o Direito Militar e com a política interna da instituição, o que me permitiu adentrar em muitos temas polêmicos e relevantes acerca do militarismo, do direito e da política. E em razão dessa minha experiência e de tudo que tenho aprendido decidi compartilhar com você, por meio deste canal, a minha perspectiva acerca dos aludidos temas, na intenção de abrir seus olhos para a verdade por trás desses assuntos”, declara Leão em suas redes sociais.
Segundo o youtuber, ele “ajuda militares a conhecerem seus direitos”. Apesar de fazer constantes vídeos criticando o presidente e seus apoiadores, ele também não é petista. Em vídeo postado na última terça-feira, 16 de agosto, ele já começa a gravação esclarecendo que não é petista, e que para ele, “o PT é partido de vagabundo”, mas Bolsonaro está “se igualando a eles”, o que causou euforia entre bolsonaristas presentes no local.
A visibilidade do cabo nas redes começou em abril deste ano, quando ele questionou o mandatário, em meio a apoiadores, sobre uma declaração antiga em que o presidente desdenhava sobre “a realidade de cabos e soldados no quartel”, o que revoltou o presidente e gerou uma discussão. O vídeo alcançou mais de 2,5 milhões de visualizações no TikTok.
Desde então, o militar passou a se dedicar mais em causar provocações aos apoiadores do presidente que fazem plantão em frente ao Palácio da Alvorada. No local, ele coloca em pauta as incoerências de Bolsonaro e seus feitos durante seu mandato.
Em outro vídeo publicado há cerca de duas semanas, que atingiu 59 mil visualizações, ele questionou bolsonaristas sobre o combate à corrupção feito pelo atual governo, e chegou a ser chamado de “porco” e ameaçado de agressão.
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