Moradora de São Bernardo do Campo, no ABC Paulista, Bruna Araújo de Souza morreu na noite de segunda-feira (6) após complicações causadas por intoxicação por metanol. Amigos e familiares prestaram homenagens à jovem, que trabalhava como designer de cílios e sobrancelhas, lembrando sua força e determinação.
Segundo a Prefeitura de São Bernardo do Campo, município na região metropolitana de São Paulo, Bruna será velada às 14h e sepultada às 17h40 desta terça-feira (7) no cemitério Memorial Jardim Santo André, em Santo André.
“Na hora do adeus, tudo que posso dizer é agradecer. Agradeço pela oportunidade de ter conhecido alguém tão especial como você, agradeço pelos momentos lindos que vivemos, agradeço pela sua amizade e por ter estado ao meu lado esses anos todos. Sua vida infelizmente terminou cedo demais, mas no meu coração você será eterna. Continuarei lembrando seu exemplo de força e determinação, suas convicções fortes e sua alegria de viver, você lutou bravamente amiga”, publicou uma amiga de Bruna no Instagram.
Outras homenagens também circularam nas redes sociais: “Eu até imagino a cena da festa no céu para te receber” e “Você foi uma guerreira, tenho muito orgulho de você”.
O estado de São Paulo já registra três mortes confirmadas por intoxicação por metanol, com sete óbitos ainda sob investigação. Ao todo, há 15 casos confirmados e 164 em análise. A Vigilância Epidemiológica de São Bernardo recebeu 78 notificações de casos suspeitos, tornando o município o segundo mais afetado pela crise.
Em resposta, o governo de Tarcísio de Freitas (Republicanos) interditou 11 estabelecimentos suspeitos de vender bebidas adulteradas, localizados na capital e em cidades da Grande São Paulo, incluindo Osasco, São Bernardo do Campo e Barueri.
Para enfrentar a intoxicação, a Secretaria de Estado da Saúde adquiriu 2 mil ampolas de álcool etílico, essenciais no tratamento de pacientes contaminados. Um novo protocolo promete agilizar a análise dos casos, com testes de sangue e urina concluídos em até uma hora pelo Laboratório de Toxicologia Analítica Forense (LATOF) da USP de Ribeirão Preto.
As ações fazem parte do comitê de crise estadual, que visa controlar a venda de bebidas adulteradas e reduzir novos casos de intoxicação.