Quem era Milene Bagalho Estevam, policial civil morta a tiros por empresário em mansão em SP

Atualizado em 18 de dezembro de 2023 às 8:44
A policial civil Milene Bagalho Estevam. Foto: reprodução

A policial civil Milene Bagalho Estevam, morta a tiros neste sábado (16), em São Paulo, pelo empresário Rogério Saladino, estava na corporação havia sete anos e deixa uma filha de cinco anos. Ela trabalhava no Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic).

Segundo informações da Secretaria da Segurança Pública, a agente estava no local para coletar imagens de um crime ocorrido na região no dia anterior. Ao tocar a campainha, foi recebida a tiros pelo empresário. Um colega dela, que acompanhava as diligências, reagiu, resultando na morte do empresário e de um funcionário da casa.

O incidente aconteceu na Rua Guadelupe, nos Jardins, um dos bairros mais abastados da capital paulista. Na residência, foram encontradas porções de drogas. O empresário possuía registros criminais por homicídio, lesão corporal e crime ambiental.

A policial era reconhecida por sua eficiência na resolução de casos de homicídios e latrocínios. Destacou-se no DHPP (Departamento Estadual de Homicídios e de Proteção à Pessoa) em 2020 e, no início de 2022, atuava no Deic.

Uma das investigações notáveis envolveu um caso em que um motoqueiro, disfarçado de entregador, durante um assalto, tirou a vida de Renan Silva Loureira, 20 anos, com um tiro na cabeça, na zona sul de São Paulo, em abril de 2022. Esse caso recebeu atenção das autoridades estaduais e federais.

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A policial civil Milene Bagalho Estevam. Foto: reprodução

Segundo o delegado Fábio Pinheiro Lopes, diretor do Deic, Milene era uma das melhores policiais da divisão. “No Deic eu tenho 650 policiais, e a Milene era a que mais se destacava. De cada 10 latrocínios que a gente atendia, ela e o parceiro esclareciam 8. É uma perda irreparável”, disse.

O delegado-geral da Polícia Civil de São Paulo, Artur Dian, também destacou sua dedicação e trabalho exemplar em investigações complexas. “Milene era uma policial exemplar, que vinha desenvolvendo investigações complexas, sempre trabalhando com muito afinco”, afirmou. “Era minuciosa no trabalho, perfeccionista, fazia investigações brilhantes, era dedicada…”.

O delegado disse que a policial perdeu a vida de maneira trágica, “por causa de um louco”. “É inacreditável”, disse.

Vale destacar que antes de ingressar na polícia, Milene atuou como advogada e tinha habilidades na confeitaria, chegando a obter sucesso financeiro com seu ateliê de bolos, conforme relato da mãe.

 

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