“Quem não faz, critica”: Ministro diz para Michelle ligar para Tarcísio antes de falar

Atualizado em 24 de julho de 2025 às 19:56
A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro. Foto: reprodução

O ministro dos Transportes do governo Lula, Renan Filho (MDB), rebateu críticas feitas por Michelle Bolsonaro em um vídeo divulgado nas redes sociais. Na gravação, a ex-primeira-dama afirmava que moradores do Vale do Juruá, no Acre, eram obrigados a atravessar um rio diariamente por falta de ponte na região. O ministro, no entanto, afirmou que a ponte existe e foi construída ainda no governo Lula.

Renan Filho respondeu com um vídeo em que destaca a entrega da Ponte da União, que liga áreas de Cruzeiro do Sul, no Acre. Segundo o ministro, a obra foi realizada pelo governo Lula em parceria com a gestão estadual. Ele declarou: “Lá tem ponte, sim. A ponte da União. Essa ponte foi construída pelo presidente Lula. E quem entregou foi o Ministério dos Transportes. Quem faz uma, faz duas. Agora, quem nunca fez nada, fica difícil”.

A crítica de Michelle ocorreu em meio a uma série de vídeos da ex-primeira-dama com teor político. Renan aproveitou a ocasião para sugerir que ela consultasse o atual governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), que foi ministro da Infraestrutura no governo Bolsonaro, antes de emitir opiniões sobre o tema.

A ponte citada pelo ministro foi inaugurada para facilitar a travessia na região de difícil acesso e promover a integração logística no estado. O investimento faz parte do programa de retomada de obras públicas paradas ou não concluídas nas últimas gestões.

Com a resposta, o governo Lula tenta consolidar a narrativa de retomada de investimentos em infraestrutura, especialmente nas regiões historicamente negligenciadas. A publicação teve ampla repercussão nas redes sociais, sendo compartilhada por apoiadores do atual governo.

Michelle Bolsonaro ainda não comentou a resposta pública feita pelo ministro. A ex-primeira-dama vem ampliando sua exposição política e é uma das apostas do PL para a campanha de 2026, o que tem motivado reações diretas de integrantes do governo federal.