
Nesta segunda (3), o áudio do jornalista Rafael Colombo vazou no programa “Conexão GloboNews” enquanto os jornalistas debatiam a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) da Segurança. Ele discutia o tema com Valdo Cruz quando o episódio ocorreu.
“A PEC da Segurança. Parece mais rigor, a população majoritariamente é a favor. Com essa informação nas mãos, o que o governo Lula fará?”, questionou Colombo. Na sequência, Valdo Cruz começou a respondê-lo e foi interrompido pelo áudio vazado.
“Olha, Colombo, vai buscar exatamente encontrar um caminho em que esteja em sintonia com a população, um caminho geralmente difícil…”, disse Valdo Cruz. “Algum problema em falar disso?”, questionou Colombo neste momento, provavelmente conversando com alguém da produção do programa.
Veja:
É BOMBÁSTICO!
Vazou áudio bombástico na GloboNews
Enquanto blogueiros da emissora discutem sobre a PEC da Segurança, e surge uma voz no fundo e questiona: "Algum problema em falar disso?Ou seja: Parece que a emissora está preocupada em falar algo que Lula não goste. pic.twitter.com/ocw1ihP6B5
— ISTO ACONTECE (@istoacontece) November 3, 2025
A PEC da Segurança foi apresentada em abril pelo ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, e ganhou força após a megaoperação que resultou em massacre no Rio de Janeiro na última semana. Na quinta (30), Hugo Motta (Republicanos-PB), presidente da Câmara dos Deputados, participou de uma reunião com o presidente para discutir o tema.
A medida propõe mudanças na estrutura da segurança pública nacional. O texto inclui as guardas municipais no artigo 144 da Constituição, dando-lhes poder de polícia em ações de segurança urbana, desde que não se sobreponham às polícias Civil e Militar, e as submete ao controle externo do Ministério Público.
A Polícia Federal manterá a competência para investigar crimes ambientais, organizações criminosas e milícias com atuação interestadual ou internacional. A PEC também prevê que a União possa estabelecer diretrizes gerais para a política de segurança pública, sem interferir nos comandos estaduais.
Além disso, cria o Fundo Nacional de Segurança Pública e o Fundo Penitenciário Nacional, garantindo repasses financeiros a estados e municípios e proibindo o contingenciamento desses recursos.
Outro ponto é a criação de corregedorias e ouvidorias com autonomia funcional para investigar a conduta de agentes da segurança pública. A proposta também amplia o Conselho Nacional de Segurança Pública e Defesa Social, que passará a contar com representantes da sociedade civil, da União, dos estados e dos municípios, buscando maior transparência e controle social nas políticas de segurança.