
Luís Roberto Barroso, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), tem estudado deixar o posto após passar o comando da Corte a Edson Fachin, marcado para o fim de setembro. O presidente Lula já tem quatro possíveis candidatos para substituir o magistrado.
Segundo o Poder360, Barroso está demonstrando incomodo com a atual divisão na Corte em meio ao avanço dos processos da trama golpista envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro e seus aliados. Interlocutores relatam que ele diz se sentir impotente nesse cenário.
Veja quem são os quatro nomes cotados para substituir Barroso no Supremo:
Bruno Dantas

Atualmente ministro do Tribunal de Contas da União (TCU), Bruno Dantas já foi presidente do órgão, entre julho de 2022 e dezembro de 2024, e ocupa uma cadeira vitalícia nele desde agosto de 2014.
Formado em Direito pela Universidade Católica de Brasília, doutor e mestre pela PUC‑SP (Pontifícia Universidade Católica de São Paulo), com pós-doutorado na UERJ (Universidade do Estado do Rio de Janeiro), desenvolveu pesquisas em instituições como Sorbonne, Cardozo School of Law e Max Planck.
Atua como professor em programas de mestrado e doutorado na UERJ, FGV (Fundação Getulio Vargas) e Universidade Nove de Julho (Uninove).
Dantas iniciou sua carreira no TJDFT (Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios), foi consultor legislativo do Senado Federal por mais de uma década, conselheiro no CNMP (Conselho Nacional do Ministério Público) e CNJ (Conselho Nacional de Justiça), e participou da comissão que elaborou o Código de Processo Civil de 2015.
Também presidiu a INTOSAI (entidade global de tribunais de contas) e integra o Conselho de Auditores das Nações Unidas.
Jorge Messias

Jorge Rodrigo Araújo Messias é advogado, graduado pela UFPE (Universidade Federal de Pernambuco) e doutor em Desenvolvimento e Cooperação Internacional pela UnB (Universidade de Brasília).
Atua como procurador da Fazenda Nacional desde 2007 e assumiu o cargo de Advogado‑Geral da União em 1º de janeiro de 2023, nomeado por Lula.
Durante o governo da ex-presidente Dilma Rousseff, foi subchefe jurídico da Casa Civil, procurador do Banco Central e do BNDES (Universidade de Brasília), consultor jurídico em ministérios diversos e assistente parlamentar de Jaques Wagner.
Rodrigo Pacheco

Rodrigo Otávio Soares Pacheco é advogado e político, filiado ao PSD desde 2021. Foi deputado federal por Minas Gerais (2015–2019) e é senador desde 2019, presidindo a Casa Legislativa entre 2021 e 2025.
Foi presidente da Câmara da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) e teve papel ativo no impeachment de Dilma e em projetos como a Reforma Trabalhista e o teto de gastos. É especialista em direito penal econômico e atuou como advogado criminalista, conselheiro da OAB e professor universitário.
Vinícius Carvalho

Vinícius Marques de Carvalho é advogado e professor titular da USP (Universidade de São Paulo), com doutorado em Direito pela instituição e em Direito Comparado pela Université Paris 1 Panthéon‑Sorbonne.
Foi secretário de Direito Econômico no Ministério da Justiça e presidente do CADE (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) entre 2012 e 2016, no governo Dilma.
Assumiu em janeiro de 2023 o cargo de ministro-chefe da Controladoria-Geral da União (CGU), responsável pelo controle interno, auditorias e combate à corrupção no governo federal. Desde 2014, leciona direito comercial na USP e apoia reformas na transparência pública.