Casamentos de conveniência dão problemas rapidamente. Marina e Eduardo Campos, por exemplo. Nem bem os rojões que marcaram as núpcias políticas entre os dois deixaram de varrer os céus as desavenças já estão aí, tonitruantes como a voz de Fred Flintstone. Simplesmente nenhum dos dois quer servir de escada para o outro. Quer dizer: ambos querem ser candidatos à presidente, não a vice.
Foi tão breve o namoro que as coisas não ficaram combinadas devidamente. Cada qual achava que ficaria no comando do controle remoto da tevê na sala de estar do casal.
O drama desta aliança é que ela só faz sentido se Marina estiver no topo da chapa. Mas quem tem poder de decisão, aí, é Eduardo Campos. E ele não se enxerga como coadjuvante de Marina, ainda que tenha uma fração da popularidade dela.
Marina, para aceitar ser vice, teria que ser uma coisa que ela apenas projeta ser: a Madre Teresa de Calcutá da política brasileira. Desapegada, altruísta, acima de coisas vãs como ambição, vaidade etc.
Programaticamente, pragmaticamente, ou o que quer que se queira usar no campo das palavras ocas, é um casamento que já se arrasta, como o daquele casal de velhinhos de Rubem Braga que andavam de mãos dadas pelas ruas para encanto dos que os viam juntinhos. Só que ela o detestava e ele a desprezava.
Quem se beneficie dessas desavenças instantâneas sabe-se bem quem é. O primeiro nome começa por Dil e o sobrenome termina em eff.
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