
Na noite do último domingo (1º), um caso de violência policial chocou a Vila Clara, na Zona Sul de São Paulo. Durante uma abordagem, um policial militar arremessou o entregador Marcelo, de 25 anos, de uma ponte. Segundo o pai do jovem, Antonio Donizete do Amaral, o rapaz não possui antecedentes criminais e é um trabalhador dedicado.
“Ele está bem, mas não conseguimos falar com ele. É inadmissível, não existe isso aí. A polícia está aí para fazer a defesa da população, não fazer o que fez. Trabalhador [o filho], menino que sempre correu atrás do que é dele. Não tem envolvimento, passagem [pela polícia], não tem nada. Queria a explicação desse policial e o porquê ele fez isso”, desabafou Antonio em entrevista ao Jornal Nacional.
Imagens enviadas à TV Globo mostram a sequência da abordagem. No vídeo, um policial é visto levantando uma moto caída ao chão, enquanto outros agentes se aproximam. Um deles segura um homem pela camiseta azul e o arremessa de uma ponte em direção ao córrego. Nenhum dos policiais presentes interveio na ação.
Fechando o dia com mais um caso absurdo e chocante envolvendo a polícia militar de São Paulo. Um vídeo mostra o momento em que um policial joga um homem do alto de uma ponte na Zona Sul da capital.
Mais uma pra conta do “moderado” Tarcísio de Freitas. pic.twitter.com/2f2SWyQ2ib
— Lázaro Rosa 🇧🇷 (@lazarorosa25) December 3, 2024
Uma testemunha, que preferiu não se identificar, relatou que os agentes estavam na região para dispersar moradores de um baile funk: “Tinham dois policiais da Rocam parados ali, com cacetete na mão, esperando para abordar. Aí esse menino veio da avenida, virou e aí foi a hora que ele viu os polícias e caiu no chão com a moto. Na hora em que ele caiu no chão com a moto, policiais vieram em cima dele. Eu e minha amiga saímos correndo”.
A Polícia Militar confirmou que os agentes pertencem ao 24º BPM de Diadema, na Grande São Paulo. A Corregedoria da corporação afastou 13 policiais, incluindo dois sargentos, cabos e soldados, até a conclusão das investigações.
Todos os envolvidos utilizavam câmeras corporais durante a ação. As gravações estão sendo analisadas para esclarecer os detalhes do ocorrido. De acordo com fontes da Secretaria de Segurança Pública (SSP), até o momento, não houve pedidos de prisão para os policiais envolvidos.
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