Racismo nazista e práticas fascistas crescem no mundo todo, inclusive no Brasil. Por Afrânio Silva Jardim

Atualizado em 18 de março de 2019 às 11:12
Nos Estados Unidos e aqui no Brasil

Só não vê quem não quer. É crescente, em escala mundial, o renascimento de ideias nazistas, acompanhadas de práticas fascistas, autoritárias e violentas.

No passado, embora alertados, os governos constituídos não acreditaram e tivemos mais uma guerra mundial, com cerca de 60 milhões de pessoas mortas. A maioria, jovens.

A realidade atual é muito semelhante. Grassa, em vários países, uma intolerância gritante contra determinadas minorias. O culto à brutalidade e ignorância é outro sintoma do perigo que estamos vivendo. Acresce a tudo isto uma absoluta falta de racionalidade, falta de comprometimento com o conhecimento científico , bem como estão presentes obscurantismos e fundamentalismos religiosos.

Trump é uma espécie de Hitler moderno. O pior é que os Estados Unidos são muito mais poderosos do que a antiga Alemanha. Em compensação, Bolsonaro é mais tosco e primário do que foi o fascista Mussolini.

De qualquer forma, tendo em vista que estes movimentos autoritários, racistas e intolerantes estão disseminados em diversos países espalhados pelo munido, sem que sejam hegemônicos, felizmente, cabe aos Estados nacionais atuarem imediatamente, de forma enérgica e eficaz, para coibirem estas práticas deletérias.
Importante. que veiculem maciça propaganda pedagógica de esclarecimento sobre este perigo que nos ronda novamente.

Se nada for feito pelos governos constitucionais, provavelmente, teremos guerras civis em diversos países, com lutas letais fraticidas. Isto será inevitável, mantendo-se o atual cenário.

Não podemos esquecer de um novo fator moderno: a tecnologia em geral e a internet em especial disseminam, com absoluta rapidez, os nefastos valores que lastreiam estas ideologias autoritárias.

Desta forma, todos devem ser unir para combater este mal que assola as sociedades modernas, esquecendo nossas diferenças ideológicas.

Temos agora um perigoso inimigo comum, capaz de solapar os melhores valores cunhados pelos nosso difícil processo civilizatório. Não há tempo para vacilações e nada justifica abomináveis omissões.

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Afranio Silva Jardim, professor de Direito da Uerj.