Reação de Bolsonaro a assassinato de líder do PT é uma declaração de culpa. Por Luis Felipe Miguel

Atualizado em 12 de julho de 2022 às 14:38
Bolsonaro segurando uma arma e apontando para atirar: 3 vezes que Bolsonaro fez ameaças com armas e duas que passou vergonha
Bolsonaro segurando uma arma

Por Luis Felipe Miguel

A reação de Bolsonaro ao homicídio cometido por seu correligionário é uma declaração de culpa.

Diz a imprensa que parte de sua equipe de campanha, principalmente o pessoal do Centrão, esperava um repúdio firme ao crime. Será?

Bolsonaro nunca recua da apologia à violência. Achar que ele vai modular o discurso para minimizar as tensões é o tipo da ingenuidade marota de quem está abraçado ao capeta, tem vergonha, mas não quer largar.

E Bolsonaro sabe o que faz. A intimidação dos adversários é, para ele, a estratégia dominante, mais ou menos no sentido que a expressão tem na teoria dos jogos. Serve para qualquer cenário: campanha eleitoral, tentativa de golpe ou evitar ser preso depois de sair do cargo.

Se nos curvamos à intimidação, estaremos derrotados. É hora de tirar as bandeiras da gaveta, vestir as camisetas, colocar os adesivos nos carros. Mostrar que somos muitos é o primeiro passo para baixar a bola dos extremistas hidrófobos.