
Em entrevista concedida ao escritor Ulisses Campbel, a primeira desde seu julgamento, a ex-deputada Flordelis revelou ainda ter esperança em sua absolvição pela Justiça:
“Quando ouvi a sentença de 50 anos, um buraco se abriu sob meus pés”, contou a pastora. “No entanto, a absolvição da Marzy, Rayane e André Luiz me mostrou que posso ter um novo julgamento. Hoje, a minha esperança de ser inocentada vem da confiança que tenho nos meus advogados, os mesmos que conseguiram inocentar os meus filhos”, complementou.
“Vou sair daqui em breve”, afirmou a ex-deputada. “Em liberdade, vou olhar para dentro de mim e consertar todos os erros que cometi na vida e na igreja”, avaliou”, continuou.
Por erros, entenda-se o tipo de relacionamento que ela construiu com o marido que a justiça considera que ela matou.

“No casamento, me calei e me anulei para tudo. O evangelho no qual fui criada me colocou como apêndice do pastor Anderson”, revelou Flordelis. “Esse evangelho dava a ele permissão para controlar a minha vida, me violentar e me agredir permanentemente. Esse evangelho não me serve mais. Peço às mulheres da igreja que saiam dessa vida o quanto antes para não pararem aqui na cadeia como eu”, alertou a pastora.
Confessar o crime em nome de uma redução de pena não passa pela cabeça da religiosa, que pertencia à base de apoio de Bolsonaro no tempo de congressista: “Jamais confessarei o que não fiz! Não matei o Anderson do Carmo! Nem mandei matá-lo! Prefiro ficar na prisão por 50 anos sendo inocente do que bem menos tempo confessando o que não fiz”.
Com informações do Metrópoles.