
Mais de 300 cruzamentos permanecem sem semáforos em São Paulo, três dias após as fortes chuvas que atingiram a cidade na última sexta-feira (11). A ausência de sinalização tem gerado transtornos no trânsito, especialmente nas principais avenidas.
A prefeitura não dispõe de fiscalização e orientação nos locais, o que aumenta a confusão e as chances de incidentes.
Além dos problemas viários, cerca de 900 mil pessoas ainda estão sem energia elétrica neste domingo (13). A interrupção no fornecimento tem afetado principalmente bairros da zona sul e oeste da capital, deixando os moradores sem luz e com dificuldades no abastecimento de água, uma vez que muitas bombas hidráulicas estão paradas.
Quase 400 árvores também caíram em São Paulo. De acordo com a última atualização da Prefeitura, realizada na noite de sábado (12), foram registradas 386 ocorrências de quedas. A remoção de ao menos 182 dessas árvores depende da Enel, que precisa desligar a energia para garantir a segurança dos funcionários responsáveis pela poda e remoção.
A concessionária de energia Enel, responsável pelo serviço na capital, enfrenta uma onda de críticas e denúncias junto à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Consumidores têm reclamado da falta de comunicação e do atraso no restabelecimento da eletricidade. A Enel, por meio de nota, reconheceu problemas operacionais, mas não divulgou um prazo exato para a normalização do serviço.

Aneel vai notificar Enel por queda de energia
A Aneel já havia informado que pretende intimar a Enel de São Paulo devido às falhas na prestação de serviços, principalmente após os recorrentes apagões registrados na cidade. A queda de energia, que já dura três dias em algumas regiões, agrava a situação enfrentada por quase um milhão de paulistanos, causando transtornos no cotidiano, como a perda de alimentos, a interrupção no funcionamento de eletrodomésticos e a impossibilidade de utilizar serviços essenciais.
A agência reguladora destacou que, dependendo das justificativas apresentadas pela concessionária, poderá adotar medidas severas, como a retirada do direito de concessão da Enel. A fiscalização já está em andamento, e os técnicos da Aneel estão no local para acompanhar de perto os desdobramentos das ocorrências.
Enquanto isso, moradores de bairros como Taboão da Serra, Cotia, Santo Amaro e Pinheiros relatam a dificuldade em lidar com a falta de energia por tanto tempo, uma vez que muitos estão sem comunicação adequada e têm dependido de alternativas improvisadas, como geradores portáteis e iluminação à base de velas. Para a população, a ausência de informações concretas sobre o retorno do serviço gera grande indignação.