Relatora da ONU está preocupada com “crescimento de células neonazistas” em SC

Atualizado em 16 de agosto de 2024 às 23:53
Ashwini K.P., relatora especial da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre racismo. Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil

A relatora especial da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre racismo, Ashwini K.P., afirmou estar preocupada com o “crescimento de células neonazistas” no sul do Brasil, especialmente em Santa Catarina.

A pesquisadora e autora indiana, em visita oficial ao país entre 5 e 16 de agosto a convite do governo federal, esteve em Brasília, Salvador, São Luís, São Paulo, Florianópolis e Rio de Janeiro.

Durante sua viagem, Ashwini K.P. participou de reuniões com comunidades quilombolas e indígenas, membros do povo romani, movimentos sociais e representantes dos governos estaduais e federais.

As observações feitas por Ashwini K.P. sobre o crescimento de grupos neonazistas em Santa Catarina estará no relatório que será enviado ao Conselho de Direitos Humanos da ONU.

“Estou chocada por saber da presença de grupos neonazistas disseminando discurso de ódio e crimes de ódio e também preocupada com relatos de islamofobia direcionados a migrantes, incluindo pessoas refugiadas e solicitantes de asilo, particularmente em Santa Catarina”, afirmou a indiana na declaração final da visita.

Objetos apreendidos durante investigação contra célula nazista em SC no ano de 2022. Foto: Polícia Civil/Divulgação

Segundo ela, em Santa Catarina “o discurso de ódio e o racismo não são abordados da mesma forma” do que nos outros estados do país.

“É um lugar onde há falta de política de cotas, falta de ação afirmativa. Há uma certa negação neste estado em relação a política antirracista e antinazista”, destacou.

A relatora especial da ONU também destacou sua preocupação com o “alto nível de ameaça contra defensores de direitos humanos”.

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