Relatório aponta estupros, drogas e omissão de governo Bolsonaro com o povo Yanomami

Atualizado em 26 de janeiro de 2023 às 17:07
Crianças desnutridas atendidas na unidade de saúde Surucucu, na Terra Indigena Yanômami, em Roraima
Foto: Reprodução/UOL

 

O avanço do garimpo ilegal na região amazônica tem relação direta com o estado de calamidade humanitária que se encontra a população yanomami.

A ampliação da atuação dos garimpeiros, cumulada com a cumplicidade do governo Bolsonaro, fez com que o auge dessa relação espúria para o meio ambiente e os indígenas se desse em 2021.

Sobre esse ano, especificamente, a Hutukara Associação Yanomami  produziu um relatório apontando muitas violações aos direitos humanos que aconteceram diariamente nas comunidades localizadas entre Amazonas e Roraima.

Conheça aqui relatório na íntegra.

Os crimes cometidos vão desde o tráfico de drogas até estupro de vulneráveis, passando por envenenamento por mercúrio. A isso, some-se a disseminação de DST’s e de outras doenças.

Um estudo divulgado em abril de 2022, de nome “Yanomami Sob Ataque: Garimpo ilegal na Terra Indígena Yanomami e propostas para combatê-lo” expõe diversas situações de exploração sexual de crianças, por exemplo. Os abusos praticados contra menores ocorriam em troca de comida.

Visando facilitar sua atuação, os garimpeiros embriagavam ou dopavam suas vítimas. A bebida também era “moeda de troca” com homens, para que cedessem suas filhas ou irmãs.

De acordo com esse relatório, pelo menos 3 garotas abusadas morreram, todas na faixa dos  13 anos e, possivelmente, por doenças contraídas posteriormente aos seus estupros.

Entre outros relatos há ainda a denúncia de um casamento “contratado” entre um garimpeiro e uma jovem, cuja contrapartida seria a entrega de mercadorias à família da “noiva”, pagamento este que nunca ocorreu.

A  tônica dos casos narrados é a de exploradores ilegais dos minérios da região valendo-se do empobrecimento das aldeias para obter vantagens, contendo inclusive a transcrição de diálogos entre os delinquentes e suas vítimas.

Com informações do GGN.

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