Os ex-ministros do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ainda não devolveram à União os relógios da marca francesa Cartier, avaliados em R$ 50 mil cada, que ganharam do reino do Qatar em 2019.
De acordo com informações do colunista Igor Gadelha, do Metrópoles, receberam o presente os ex-ministros Ernesto Araújo (Relações Exteriores), Osmar Terra (Cidadania), Gilson Machado (Turismo), Onyx Lorenzonni (Trabalho) e Augusto Heleno (GSI).
Vale destacar que outros integrantes do segundo escalão do governo do ex-mandatário também ganharam o mesmo relógio. Entre eles, o ex-presidente da Apex Sergio Segovia e Caio Megale, ex-assessor do Ministério da Economia.
Em março de 2023, o Tribunal de Contas da União (TCU) afirmou que os presentes ultrapassaram os “limites da razoabilidade” e violavam o princípio da “moralidade pública”, mas deixou uma brecha sobre a devolução obrigatória dos relógios.
Na ocasião, o ministro do TCU Antônio Anastasia fala que os citados tinham o “dever ético” de devolver os objetos. Ele também destaca que o recolhimento dos relógios poderia ficar sob responsabilidade da Secretaria-Geral e da Comissão de Ética da Presidência da República.