A primeira-ministra britânica, Liz Truss, renunciou nesta quinta-feira (20), após permanecer apenas 45 dias no cargo. A recusa ao plano econômico apresentada pela premiê foi o principal fator para a saída. Ela havia substituído Boris Johnson no comando do país no início de setembro.
O plano de Truss previa um corte brusco de impostos para estimular o crescimento e a concessão de subsídios para conter a alta do preço da conta de energia, que acumulava um aumento de mais de 300% nos últimos dois anos.
A falta de detalhes a respeito das medidas, como a fonte de financiamento dos cortes anunciados, levou a manifestações de descontentamento por parte do mercado financeiro e de integrantes do próprio governo. Com informações de UOL
Diante do cenário de incertezas, a moeda do país despencou, tornando mais caros os juros de empréstimos destinados a famílias e empresas. Também foi preciso uma intervenção rápida do Banco da Inglaterra, que passou a comprar título da dívida pública de longo prazo.
Nesse contexto, o ministro da Finanças de Liz Truss, Jeremy Hunt, desfez o plano econômico ensaiado pela primeira-ministra, aprofundando a crise na Downing Street. Truss tinha prometido que as famílias poderiam pagar as contas de luz atrasadas em até dois anos. O ministro reduziu o prazo para seis meses, acalmando os ânimos e resguardando os interesses do mercado financeiro.
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