Repórteres da Globo rebatem crítica de escritor inglês que reclamou da bagunça da equipe na Rússia

Atualizado em 5 de julho de 2018 às 13:51

Conforme publicação do UOL, com mais de 200 profissionais enviados à Rússia, a Rede Globo vem fazendo barulho na Copa do Mundo. Literalmente. A ponto de um importante jornalista inglês revelar que está torcendo contra o Brasil apenas para que a turma da emissora carioca volte para casa o quanto antes. A bronca pública fez dois importante repórteres da emissora, Tino Marcos e José Roberto Burnier, também pedissem desculpas publicamente.

A polêmica começou na segunda-feira, quando o jornalista Jonathan Wilson, editor do The Blizzard e colaborador do The Guardian, usou o Twitter para reclamar da baderna feita pelos jornalistas brasileiros em Samara, ao longo da vitória por 2 a 0 sobre o México. “Nada contra o Brasil, mas quanto mais cedo a TV Globo sair deste torneio, melhor. Milhares deles, barulhentos e grosseiros no que deveria ser uma área de trabalho”, postou.

Nesta quinta-feira, no programa Redação SporTV, o apresentador Carlos Cereto aproveitou o link ao vivo com Burnier e Tino para mostrar a postagem. “Ele está torcendo para que vocês, da TV Globo, voltem mais cedo para o Brasil. Seus barulhentos. Vocês querem parar de fazer barulho aí, Tino e Burnier?”, questionou Cereto, em tom bem humorado.

Os repórteres riram e tentaram se explicar. “Peço desculpas se gritei. Acho que não gritei tanto. Mas quero dizer que somos muitos e sendo muitos a gente produz mais decibéis que um grupo menor. Quando a Rússia se classificou virou uma turbulência, é normal. A gente trabalha em redações de esporte e na redação de esporte o barulho é mais alto um pouquinho”, explicou Tino Marcos, que acompanha a seleção brasileira desde a Copa de 1990.

Burnier, que tem 28 anos de casa, também se justificou. “A gente acaba se inflamando, mesmo com os jogos de outras seleções: grita gol, sai berrando, isso é normal. Não sei ao que ele está se referindo para a gente poder saber exatamente, mas da minha parte desculpas se ele acha que nós nos excedemos um pouco. Mas faz parte”.

A bola então voltou para Cereto, que não foi à Rússia, que mudou um pouco o tom, ainda que em forma de brincadeira. “Mala sem alça do Jonathan, um aviso: nós vamos ficar até o fim. Os incomodados que se mudem. Se ele quiser sair, que fique à vontade”, cornetou, antes de pedir a opinião do inglês Tim Vickery, que participava do programa e é amigo de Jonathan – que Cereto chamou de “chato de galocha”.

“Ele é um jornalista de muita importância. Vou tentar apresentar uma defesa dele. O Jonathan é o tipo de inglês que vocês têm de estereótipo, não nasceu para temperatura alta. Acho que isso minou a paciência dele. Ele é o tipo de cara que nasceu com 45 anos. Fica fumando o cachimbo dele. É o inglês menos brasileiro que você pode imaginar. Choque cultural ampliado pelo calor desumano de Samara aquele dia”, argumentou.