Reservas de lítio estão em centro de disputa entre EUA e China na América Latina

Atualizado em 16 de abril de 2023 às 23:30

China e Estados Unidos tem protagonizado um novo impasse que pode impactar fortemente o futuro de suas economias: a disputa para poder dominar os territórios que mais possuem reservas de lítio do planeta. Mais da metade do lítio mundial está na Argentina, Bolívia e Chile, um “triângulo” que tem despertado cada vez mais o interesse dessas duas nações destaca reportagem da BBC neste final de semana.

Ambos não querem perder a oportunidade de contar com um metal fundamental na fabricação de baterias usadas nos carros elétricos, um mercado em expansão e no qual entram cada vez mais investidores e capital.

A Bolívia lidera a lista com reservas conhecidas estimadas em 21 milhões de toneladas, seguida pela Argentina (19,3 milhões) e Chile (9,6 milhões).

De acordo com o diretor associado do centro de estudos Adrienne Arsht Latin America Center do Atlantic Council, Pepe Zhang, “os Estados Unidos estão buscando ativamente fortalecer sua posição nas cadeias globais de fornecimento de minerais críticos e tecnologias verdes”.

No caso da China, cada vez mais nota-se empresas chinesas avançando na América do Sul com gigantescos investimentos em mineração. Tal fator acaba influenciando os países do “triângulo” que aproveitam a tecnologia e o capital das empresas estrangeiras com o objetivo de promover o desenvolvimento industrial local.

Só nos primeiros três meses deste ano, empresas chinesas fecharam acordos ambiciosos para investir na Bolívia, Argentina e no Chile.

Na Argentina, a Chery Automobile vai investir cerca de US$ 400 milhões na construção de uma fábrica para a produção de veículos elétricos.

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