Reta final: PF pode apresentar novos indiciados em inquérito do golpe

Atualizado em 26 de fevereiro de 2025 às 7:04
Jair Bolsonaro e Braga Netto: cresce a preocupação entre aliados sobre a possível inclusão de mais integrantes das Forças Armadas no inquérito do golpe. Foto: Reprodução

A Polícia Federal (PF) avalia a possibilidade de apresentar novos indiciados na reta final da análise do material coletado na Operação Contragolpe, que resultou na prisão do general e ex-ministro Walter Braga Netto, conforme informações da colunista Bela Megale, do Globo.

Apesar da denúncia já protocolada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outras 33 pessoas por tentativa de golpe, a PF pode incluir novos nomes na investigação.

A inclusão de novos envolvidos dependerá dos dados extraídos do celular de Braga Netto e de outros dispositivos apreendidos com seu então assessor, o coronel Flávio Peregrino.

Entre militares e aliados de Bolsonaro, cresce a preocupação com a possibilidade de que mais integrantes das Forças Armadas sejam indiciados por participação na tentativa de golpe e na obstrução da Justiça. Peregrino é apontado como um elo entre o ex-ajudante de ordens da Presidência, Mauro Cid, e Braga Netto.

Quem é Flávio Peregrino, alvo junto a Braga Netto de operação da PF por envolvimento em trama golpista
O coronel Flávio Peregrino, ex-assessor de Braga Netto. Foto: Reprodução

O relatório da PF revelou que, durante uma operação de busca e apreensão na sede do PL, partido de Bolsonaro, foram encontrados documentos na mesa de Flávio Peregrino que indicavam a busca por informações sigilosas sobre o andamento da investigação.

Além disso, a Operação Contragolpe expôs um esquema dentro da trama golpista que previa a “neutralização” do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), do presidente Lula (PT) e do vice-presidente Geraldo Alckmin por militares das Forças Especiais do Exército.

Segundo o relatório, o plano incluía militares posicionados em frente ao prédio onde Moraes residia, na Asa Sul de Brasília, “de prontidão para o ato”. Em um áudio obtido pela PF, o agente da Polícia Federal Wladimir Soares menciona um plano para assassinar Moraes. 

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