Na última quarta-feira (12), o Ministério Público Eleitoral (MPE) se manifestou a favor do pedido de inelegibilidade do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
O órgão observou indícios de abuso de poder político nos ataques desferidos pelo ex-capitão contra o sistema eleitoral e às urnas eletrônicas durante uma reunião com embaixadores no Palácio da Alvorada em julho do ano passado.
Concluído o parecer assinado pelo vice-procurador-geral Eleitoral, Paulo Gonet Branco Gonet, o processo contra o ex-mandatário está pronto para a elaboração do voto do corregedor-geral do TSE, ministro Benedito Gonçalves, relator do caso na Corte.
A expectativa é que o julgamento seja iniciado entre o final de abril e início de maio. Na prática, se a maioria dos magistrados do TSE concordar com Gonet, o ex-chefe do Executivo poderá ficar impedido de disputar eleições pelos próximos oito anos.
Vale destacar que o posicionamento de Gonet a favor da inelegibilidade de Bolsonaro já era aguardado nos bastidores do TSE, segundo informações do jornal O Globo. Ele já havia apontado, ainda no ano passado, ilícito no encontro do ex-presidente com os diplomatas.
Entre as 16 investigações abertas pelo TSE para apurar condutas da campanha de Bolsonaro, essa é que a está mais avançada.
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