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Rio Guaíba registra a maior cheia da história após temporais em Porto Alegre (RS)

Enchente nos arredores do Estádio Beira Rio, em Porto Alegre. Foto: Miguel Noronha/Enquadrar

Na noite da última sexta-feira (3), o Guaíba atingiu o maior nível de sua história, registrando 4,77 metros em medição realizada no Gasômetro, conforme informado pela Defesa Civil municipal. Esse valor ultrapassou a cheia histórica de 1941, que foi de 4,76 metros.

No início da madrugada de sábado (4), o nível máximo chegou a 4,82 metros, superando ainda mais o recorde anterior. As chuvas intensas que assolam o estado já deixaram um rastro de destruição, com pelo menos 50 mortos, 68 desaparecidos e 74 feridos, além de 32.248 pessoas desalojadas.

A situação é preocupante, com 235 municípios do estado enfrentando problemas e afetando mais de 351 mil pessoas. O aumento no nível do Guaíba resultou no rompimento de uma das comportas do sistema de proteção contra cheias, aumentando o risco de inundações em áreas próximas.

Diante da gravidade da situação, a Defesa Civil emitiu um alerta para inundação extrema e recomendou a evacuação imediata de regiões próximas ao rio, como as ruas Siqueira Campos, Sete de Setembro, Rua dos Andradas, avenida Júlio de Castilhos e arredores.

O governador Eduardo Leite (PSDB) já decretou estado de calamidade, classificando o desastre climático como o maior da história do Rio Grande do Sul. As chuvas persistentes devem continuar nos próximos dias, aumentando ainda mais a preocupação das autoridades e da população local.

Entre as estruturas da capital gaúcha, estão os Centros de Treinamento do Grêmio e do Internacional. O Parque do Gigante, do Internacional, fica próximo à margem do Guaíba e foi fechado já na quinta-feira (2) por questões de segurança. O local costuma ser atingido pelo maior volume de águas e o jogo contra o Cruzeiro que aconteceria neste sábado (4) foi cancelado.

O CT Presidente Luiz Carvalho, do Grêmio também fica à margem do Guaíba e foi atingido. O clube ainda não divulgou qual a programação de treinamentos do time, mas a Ilha do Grêmio, área utilizada pelos sócios do clube, teve os acessos fechados por causa da chuva.