“Rocketman”, o filme de Elton John, é o videoclipe gigante, cheio de clichês, de um ególatra. Por Roger Worms

Atualizado em 15 de junho de 2019 às 16:59

Elton John, o menino de coração partido.

Recalcado com a frieza militar do pai e o descaso ébrio da mãe, em contraponto a uma avó atenciosa, vivendo um clichê  da classe média inglesa dos anos 60.

Família desestruturada, egoísmos e frustrações, boring!

Uma ode à comiseração das passagens e fatos de sua vida.

O recurso de musical cabe bem no seu universo hollywoodiano extravagante.

“Rocketman” é um grande videoclipe, cafona no limite do ridículo.

Seu début nos USA mostrou onde deveria estar e viver.

O menino de ouro da indústria fonográfica chegava para ficar!

No formato “conto de fadas “ de rockstar, o filme faz tudo parecer muito fácil, basta um “sonho”.

O desfile de hits de um músico que possui ouvido absoluto e capacidade singular na composição de boas canções, em parceria iluminada com Bernie Taupin, provam que existe qualidade ali, mas não salva a fita.

Fica a dúvida de quais seriam os dramas reais de nosso herói viciado em sucesso e cocaína, em reunião contínua no Alcoólicos Anônimos.

Muito fútil e desnecessário o relato de autopromoção nos créditos finais.

Controlando toda a produção, é o trabalho de um ególatra chato, um Freddie Mercury desinteressante.

O foguete de Elton queimou na reentrada da atmosfera terrestre.