Rodrigo Garcia (PSDB) está trabalhando nos bastidores para minar a candidatura de seu padrinho político João Doria (PSDB) nas eleições presidenciais. Mesmo com os dois tão próximos durantes os últimos anos, o atual governador de São Paulo entende que a rejeição do aliado pode atrapalhar sua candidatura e que o ideal é que a sigla não lance nenhum candidato, participando da composição.
Para se ter uma noção, Garcia abriu o Palácio dos Bandeirantes nesta semana para uma reunião com os membros da terceira via. Baleia Rossi (MDB), Elmar Nascimento (União Brasil), Antonio Rueda (União Brasil) marcaram presença no encontro a fim de definir os parâmetros de qual o nome será escolhido como candidato único do grupo.
A falta de representantes de Doria na reunião chamou a atenção e, nos bastidores do grupo tucano entendeu-se que Rodrigo Garcia se aliou a parte do PSDB que quer minar Doria. Mas diferente de outros, como Aécio Neves, que pretende lançar Eduardo Leite para a corrida presidencial, o governador que que a sigla apoie um nome da terceira via que seja de outro partido.
Nos bastidores da legenda fala-se que Garcia entendeu ser difícil sua eleição em outubro porque seu nome é muito vinculado ao de Doria, que sofre com altos índices de rejeição. Diante deste cenário, se o ex-governador for candidato, os dois praticamente terão de dividir o palanque e será impossível descolar a imagem um do outro.
Segundo Paulinho da Força (SD), Doria já havia até sido comunicado de que não deve ser candidato a presidente, mas ele vem resistindo e promete até judicializar a questão se for necessário.