Rodrigo Maia passou dos limites. Por Moisés Mendes

Atualizado em 3 de setembro de 2021 às 12:44
Bolsonaro e Rodrgo Maia
Jair Bolsonaro e Rodrigo Maia. Foto: Wikimedia Commons

PUBLICADO ORIGINALMENTE NO BLOG DO AUTOR

Homens públicos cometem erros graves, e o deputado Rodrigo Maia cometeu o que pode ter sido seu grande erro.

Corre o mundo o vídeo em que Maia diz, ao ser entrevistado, que Bolsonaro pode ser um gay enrustido. Maia não poderia ter feito o que fez.

Bolsonaro é o governante maior do país. Um homem íntegro que personifica e respeita o papel da figura pública no mais alto posto da nação.

Um homem que, antes mesmo de assumir, explicitou suas posições cristalinas em defesa das liberdades, da diversidade e das diferenças.

Um respeitador das mulheres, dos gays, dos negros, dos índios, das pessoas com deficiência, das florestas, dos rios e dos animais.

Um governante que orienta toda a sua conduta pela Bíblia e pelos ensinamentos de Cristo. Deus está sempre acima do que Bolsonaro faz e pensa.

Um homem que mantém a família unida, que protege os filhos e tem relações humanitárias com todos, inclusive com as milícias, tratadas como se tivessem o seu sangue.

Rodrigo Maia foi grosseiro ao levantar dúvidas sobre um cidadão imbrochável, que teve uma filha porque fraquejou, mas que, se pudesse, teria apenas filhos homens.

Os filhos desse homem macho são todos figuras públicas machas com reputação inabalável.

Os amigos, os cúmplices e até os militares que estão em seu entorno defendem a democracia, o respeito ao Supremo e às eleições. Todos machos.

Rodrigo Maia atacou um macho nacional, um de seus melhores representantes, talvez o melhor de todos os tempos.

Bolsonaro não pode ser gay. Bolsonaro é na verdade um homem que nunca foi atormentado pelas suas inseguranças. É o machão seguro em todas as áreas, por saber que pode contar com o apoio incondicional dos outros machos.

Bolsonaro é macho, sim, tão macho que, quando foi assaltado quando era jovem e já dispunha de bom histórico como atleta, entregou a arma ao assaltante, porque um macho racional não reage.

Bolsonaro não é gay, mas talvez pense que pode ser gay, mas nem isso o preocupa. Porque ele está seguro de que sua insegurança íntima é coisa do diabo, e o diabo não vence os machos.

Bolsonaro é o modelo do macho nacional de extrema direita, o fascista alegre que existe em todas as famílias. Muitas famílias adoram seus fascistas.

Dizer que Bolsonaro é gay é errar na configuração do machão brasileiro que nunca brochou, que não falha em nada do que faz, que aplica blefes de golpes todos os dias.

Rodrigo Maia tentou, mas não vai conseguir estragar os festejos dos machos no 7 de setembro.

Bolsonaro não é gay. Bolsonaro é o macho que virou uma aberração humana e que se vangloria por ser uma aberração. Rodrigo Maia não sabe nada.