Roger Waters no Brasil: bolsominions nunca entenderam as letras do Pink Floyd porque estavam fumando muita maconha

Atualizado em 10 de outubro de 2018 às 18:28
Telão do show de Roger Waters chamando Bolsonaro de neofascista

Roger Waters, o ex-baixista e band leader do Pink Floyd, é hoje o último roqueiro ativista num mundo dominado por gatos gordos ex-alcoólatras com implantes de cabelo fazendo turnês para sustentar filhos ilegítimos.

Faz muito tempo que ele denuncia o avanço da extrema direita no mundo em seus shows.

Os bolsominions que se surpreenderam no Allianz Parque com o nome de seu ídolo numa lista de neofascistas demonstram que pagam 400 reais sem saber o que estão comprando.

Exatamente como fazem com seu candidato.

Após “Eclipse”, Waters exibiu no telão a hashtag #EleNão. Foi vaiado e aplaudido. 

“Sou contra o ressurgimento do fascismo. E acredito nos direitos humanos”, falou ao microfone.

“Prefiro estar num lugar em que o líder não credita que a ditadura é uma coisa boa. Lembro das ditaduras da América do sul e foi feio”.

Chamou Trump, ídolo dessa galera, de porco num set com repertório do disco “Animals”, baseado na “Revolução dos Bichos”, de George Orwell.

Seguidores do mito o acusam de desrespeitar o Palmeiras e seu suíno símbolo. É sério.

Waters é o inimigo público número um de Israel, onde Bolsonaro foi “batizado” pelo pastor Everaldo, onde todo evangélico fundamentalista vai para tomar banho no rio Jordão.

Roger Waters em São Paulo

Denuncia os crimes contra os palestinos e o que chama de apartheid no Oriente Médio. 

Já se referiu aos muros dos assentamentos de colonos como “obscenidades que deviam ser derrubadas”.

“Você pode atacar a política de Israel sem ser anti-judeu…”, diz ele. “É como afirmar que, se você falar mal dos Estados Unidos, está sendo anti-cristão”.

“Meu pai morreu lutando contra os nazistas. Antes disso, ensinou história em Jerusalém. Faleceu na Itália em 1944, lutando contra a ameaça do nazismo”.

Talvez ninguém represente melhor o idiota coletivo bolsonarista do que Rogério Chequer, o fundador do Vai Pra Rua que concorreu a alguma coisa e perdeu.

“Quando você vai no show do Roger Waters, ídolo seu, e vê na tela de 70m que ‘Facism in Brazil is… Bolsonaro’ você confirma que há algo muito MUITO errado”, chorou nas redes sociais, reclamando de “quem só procura enganar”.

“The Wall” foi lançado há 40 anos. Está tudo lá. Esse bando de mané ficou fumando maconha ligado na sonzeira sem prestar atenção nas letras. Culpa da Lei Rouanet, claro.