Roubo de armas do Exército: 6 militares devem ser presos e 17 punidos

Atualizado em 26 de outubro de 2023 às 13:00
Metralhadoras no chão e pessoas atrás
Metralhadoras do Exército que haviam sido furtadas foram recuperadas no Rio – Leslie Leitão/TV Globo

Nesta quinta-feira (26), o Comando Militar do Sudeste solicitou a prisão preventiva de seis militares suspeitos de participação no furto das 21 metralhadoras no Arsenal de Guerra de São Paulo, em Barueri. Ao mesmo tempo, 17 militares foram submetidos a punições disciplinares devido a falhas na fiscalização do armamento.

Segundo as autoridades, 17 das metralhadoras foram recuperadas até o momento, oito delas no Rio de Janeiro e nove em São Roque, no interior de São Paulo. O furto das armas envolveu um cabo que teria utilizado um veículo oficial de um tenente-coronel para transportar as armas do quartel, posteriormente destinadas a facções criminosas em São Paulo e no Rio de Janeiro.

A Polícia Civil também está apurando a participação do ex-militar do Exército Michel Eric Rabelo da Silva no furto das armas. Na casa dele, na mesma cidade, foram apreendidos munições, um capacete balístico e uma carteira de identidade militar falsificada.

Em nota, o Comando Militar do Sudeste disse que a apreensão não está relacionada com o furto em Barueri, que não houve extravio de munições da organização militar e que as “munições eram inertes (mostruário-brinde de fabricante de munições), ou seja, sem espoleta (não executam disparo)”.

Fachada do Arsenal de Guerra de São Paulo. Foto: reprodução

O general Maurício Vieira Gama, chefe do Estado-Maior do Sudeste, afirmou durante uma coletiva que praças e oficiais estão entre os suspeitos e serão punidos, seja por ação ou inação, em relação ao furto das armas.

Os seis militares alvo de pedido de prisão preventiva estão sendo investigados criminalmente e podem enfrentar uma pena máxima de 27 anos de prisão. Enquanto isso, os 17 militares punidos administrativamente estavam entre os 20 indivíduos sob investigação disciplinar por negligência no controle do armamento.

Os artefatos furtados incluem 13 metralhadoras calibre .50, capazes de derrubar aeronaves, e oito metralhadoras calibre 7,62, capazes de perfurar veículos blindados.

Acredita-se que as armas seriam vendidas para as facções Primeiro Comando da Capital (PCC), em São Paulo, e Comando Vermelho (CV), no Rio, mas as organizações recusaram o armamento devido à falta de peças e ao estado de conservação das metralhadoras.

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